O PT adotou o silêncio como estratégia durante a sessão da Câmara que aprovou, na quarta-feira (20/3), o projeto de lei que acaba com as saídas temporárias de presos em regime semiaberto durante datas comemorativas.

A proposta, que sofreu alterações no Senado, precisava ter as mudanças analisadas pelos deputados federais antes de ir à sanção do presidente Lula, que tem poder de vetar o texto parcial ou integralmente.

Entre membros da bancada do PT, a avaliação foi de que manifestações contrárias ao fim das saidinhas poderiam prejudicar ainda mais a avaliação do governo Lula, que caiu nas últimas pesquisas divulgadas.

Assim, o partido decidiu silenciar sobre o fim das saidinhas, deixando para outros partidos de esquerda, como PSol e PCdoB enfrentarem os bolsonaristas no plenário da Câmara. O projeto foi aprovado de maneira simbólica.

Apenas um único petista foi escalado para falar sobre a proposta pelo tempo da liderança da Federação do PT- PSol-Rede: o deputado Merlong Solano (PT-PI).

Em sua fala, o parlamentar petista defendeu que “apenas endurecer as penas não resolve o problema” e pediu aprovação das mudanças ao texto feitas pelo Senado.

“A nossa Federação, entendendo que o Senado tornou menos pior o que esta Casa aprovou, uma lei de ódio, é que nós vamos, ao tempo em que criticamos a lei que esta Casa aprovou, orientar a aprovação das emendas que o Senado mandou para esta Casa, porque, pelo menos, elas permitem a saída do prisioneiro para trabalhar e estudar”, disse.

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Por Metrópoles

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