O general Tomás Ribeiro Paiva, comandante do Exército, teve encontros na última semana com líderes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama, confirmou, através de sua assessoria, que se reuniu com o general. Fontes do Exército, em declarações à CNN, indicaram que a discussão central girou em torno das convocações de militares para testemunhos, visando preservar e fortalecer a reputação da instituição.

A imagem das Forças Armadas foi abalada com a revelação do envolvimento de militares na venda de joias recebidas durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com as fontes da CNN, o general Paiva busca estratégias para atenuar os reflexos negativos dessas investigações na opinião pública.

No mesmo contexto, o general se encontrou também com o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), em Brasília. Na ocasião, Maia enfatizou: “Essa CPMI não vai adentrar em questão de corrupção, de venda de joias, porque isso não está relacionado com o 8 de janeiro. A não ser que chegue na CPMI alguma vinculação que pode demonstrar alguma ação dessa natureza, não vejo sentido de quebrar o sigilo apenas porque é o ex-presidente da República”.

Maia ainda desmentiu qualquer pressão do Exército para limitar convocações de militares na comissão.

Desde o início das atividades da CPMI, seis membros das Forças Armadas foram convocados, incluindo figuras notáveis como os generais Gonçalves Dias e Augusto Heleno. Há expectativas de convocação de outros militares renomados, mas ainda sem datas confirmadas.

A CPMI aprovou uma nova convocação de Mauro Cid. Adicionalmente, há discussões sobre um supostoacordo de delação premiada a Cid em troca de redução de penas relacionadas a atos golpistas e fraudes em cartões de vacinação.


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Fonte : Hora Brasilia

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