Após duas semanas do assassinato da líder quilombola Mãe Bernadete, um dos advogados que representa a família, David Mendez, submeteu ao governo federal um pedido para que ele seja incluído no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH).

A solicitação de Mendes foi apresentada na noite de quarta-feira (30) após o advogado encontrar manchas de sangue de origem animal, na entrada de sua residência. Ele alega que vem sofrendo diversas ameaças e perseguições.

À CNN, Leandro Silva, também advogado da família, informou que apenas o filho e o neto da líder quilombola Bernadete são beneficiados pelo sistema de escolta da Polícia Militar da Bahia.

O programa de proteção, gerenciado pelo Ministério dos Direitos Humanos, havia proposto que os integrantes da família de Bernadete alterassem suas identidades, para que se protegessem de novas ações criminosas contra a família.

A defesa recusou a proposta alegando que tal mudança drástica de identidade resultaria na ruptura de laços comunitários e atenderia aos objetivos do grupo criminoso que é a desmobilização da comunidade quilombola.

Os familiares esperam ser recebidos pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, para discutir as medidas de proteção.

Segundo o advogado Leandro Silva, com a morte da líder quilombola, a família alega que perdeu a renda recebida por Bernadete. Com dificuldades financeiras, os familiares estão pleiteando a inclusão em programas sociais do governo.

À CNN, o Governo da Bahia disse que as informações sobre a segurança e apoio à família correm em sigilo, uma vez que estão sendo avaliadas as situações de risco e tomadas as medidas necessárias, por meio dos programas de proteção e das ações policiais.

*Sob supervisão de Marcos Rosendo

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Fonte : CNN BRASIL

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