Bloomberg – Os níveis de pobreza na Argentina aumentaram ligeiramente no segundo semestre de 2023, à medida que a inflação crescente prejudicou o poder de compra das famílias, mesmo antes de a terapia de choque do presidente Javier Milei fazer efeito.

(Bloomberg) — Os níveis de pobreza na Argentina aumentaram ligeiramente no segundo semestre de 2023, à medida que a inflação crescente prejudicava o poder de compra das famílias, mesmo antes de a terapia de choque do presidente Javier Milei começar a ter efeito.

Cerca de 41,7% dos argentinos viviam na pobreza no segundo semestre do ano, acima dos 40,1% anteriores, segundo dados do governo publicados na última quarta-feira (27). Isso é um pouco abaixo do pico de 42% observado durante a pandemia e é um patamar que tende a continuar aumentando à medida que Milei corta os gastos do governo, em grande parte com medidas de austeridade brutais.

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A inflação anual, que ultrapassou os 276%, impulsionou a taxa de pobreza do país, que é calculada com base no custo de uma cesta de bens domésticos e dos salários médios.

Em Dezembro de 2023, o custo desses bens básicos já tinha ultrapassado os rendimentos, de acordo com a consultora Empiria, sediada em Buenos Aires. Os contracheques caíram 11% em termos reais em dezembro em relação a novembro, a maior perda de renda mensal desde que o governo começou a acompanhar o indicador, há 29 anos.

Desde que assumiu o cargo, em 10 de dezembro, Milei desvalorizou a moeda em 54%, cortou as taxas de juros e permitiu que os gastos públicos fossem ficassem abaixo da inflação. Ao estilo “motosserra”, também suspendeu praticamente todas as obras públicas, cortou o financiamento às províncias e está avaliando os contratos de 70 mil empregos públicos.

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É certo que Milei deu prioridade à tentativa de proteger os argentinos pobres de alguns dos sofrimentos da austeridade: dias antes dos dados sobre a pobreza, o governo aprovou novos aumentos de despesas para alguns dos programas de assistência social mais comuns.

A economia da Argentina encolheu 1,9% no quarto trimestre de 2023, com os economistas prevendo uma contração ainda mais acentuada, de 3,5%, em 2024.

©2024 Bloomberg L.P.

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Fonte : Infomoney

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