Após faltar duas vezes à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados, o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho se comprometeu com o presidente da comissão, Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), a prestar depoimento nesta quinta-feira (31). O ex-atleta pode ser alvo de condução coercitiva caso não compareça novamente, segundo Ribeiro.



O colegiado tenta ouvir Ronaldinho sobre as suspeitas de envolvimento com o esquema supostamente fraudulento operado por uma empresa que trabalha com trading e arbitragem de criptomoedas.


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O ex-atleta tinha conseguido autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para ficar em silêncio durante o interrogatório. Na semana passada, o irmão dele, Roberto de Assis Moreira, prestou depoimento ao colegiado e disse que Ronaldinho não havia comparecido à CPI por causa de problemas com o voo de Porto Alegre (RS) a Brasília.


Em outubro de 2019, o Ministério Público Federal (MPF) revelou que a empresa em questão operava um esquema de pirâmide financeira, que é um esquema ilegal em que uma pessoa finge ter um negócio que gera altos rendimentos sem riscos, para atrair vítimas. O método é oferecido como um investimento, mas, para entrarem nele, as pessoas precisam aplicar um valor inicial.


Na época, a defesa de Ronaldinho alegou que ele teve a imagem usada indevidamente pela empresa e que também teria sido vítima da companhia.



Ronaldinho Gaúcho também foi acusado de envolvimento com outra empresa que teria negócios ilegais, com endereço comercial nas ilhas Seychelles, da qual ele era garoto-propaganda.


Em 2009, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alertou para o fato de que a companhia atuava de maneira irregular no mercado de Forex (negociações com moedas estrangeiras), com a captação irregular de clientes para operações financeiras. A empresa não estava autorizada a captar clientes no país e teve os serviços suspensos pela CVM meses depois.


Dossiê


A CPI também aprovou um pedido para que uma empresa que atua como buscador na internet forneça informações e documentos disponíveis sobre os materiais publicitários de Ronaldinho com uma das empresas, entre 2016 e 2020. O requerimento também pede à plataforma que informe os valores investidos em cada campanha publicitária da companhia.

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R7

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