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Após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chamá-lo de “incompetente” e “desafeto”, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, publicou nas redes sociais um vídeo em que aparece recebendo elogios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No vídeo, Lula diz que a “demanda” do trabalho de Padilha “é muito grande”, já que ele cuida da relação do governo com os deputados, e que, quando as cobranças começam a vir após as promessas, “começa o martírio”.

Lula, porém, termina falando que Padilha “vai bater recorde” na Secretaria de Relações Institucionais. “É um ministro que está durando muito tempo no seu cargo, e vai continuar pela competência dele”, diz o presidente.

Chamando Lula de “maior líder político da história do Brasil”, Padilha agradeceu ao presidente pelos elogios e disse que o trabalho de ministros junto ao “conjunto” do Congresso possibilita a “aprovação da agenda legislativa prioritária para o governo e para o Brasil”.

Lira x Padilha

O presidente da Câmara subiu o tom após ser questionado sobre a articulação de Padilha para que a Câmara mantivesse a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) – o que acabou ocorrendo, na quarta-feira (10). Perguntado se o caso demonstrou enfraquecimento da liderança dele, Lira disparou.

“Foi do governo e, basicamente, do ministro Padilha (que teriam partido relatos de que ele estaria insatisfeito com a articulação), que é um desafeto”, disse Lira, chamando o ministro também de “incompetente”.

“É lamentável que integrantes do governo interessados na estabilidade da relação harmônica entre os Poderes fiquem implantando essas mentiras, essas notícias falsas que incomodam o parlamento. E depois, quando o parlamento reage, acham ruim”, acrescentou.

Na quarta, segundo a âncora da CNN Raquel Landim, Padilha passou o dia em contato com parlamentares para garantir que a base do governo votaria pela manutenção da prisão do deputado, suspeito de envolvimento na morte da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

No Plenário da Câmara, o placar pela manutenção da prisão de Brazão foi apertado, de 277 votos a favor a 129 contrários; também houve 28 abstenções. Era preciso, no mínimo, 257 votos favoráveis para que o deputado continuasse na penitenciária federal de Campo Grande.

A votação sobre a situação de Brazão reacendeu a disputa entre Lira e Padilha, que não dialogam mais desde o final do ano passado. Segundo fontes ouvidas pela âncora Raquel Landim, o presidente da Câmara operou “duramente” pela derrubada da prisão do deputado.

Após a votação no Plenário, o presidente da Câmara avisou a deputados petistas que “romperia” com o governo e que não havia mais condições de Padilha continuar no posto no Executivo.


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Fonte : CNN BRASIL

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