A área ao redor da mina 18 da Braskem, em Maceió (AL), afunda 2,6 centímetros a cada hora, e o deslocamento vertical acumulado até agora é de 1,42 metros, de acordo com informações da Defesa Civil, nesta sexta-feira (1º/12).

Contudo, ainda sim, o pior cenário seria o colapso da área, com uma cratera que poderia chegar a 152m de raio.

Além disso, a Defesa Civil ainda divulgou uma série de cuidados a serem tomados por pessoas próximas ao local, como afastar-se da área isolada e não praticar pesca na região. A Prefeitura de Maceió também divulgou nesta tarde, por meio de nota, que mais de 2 mil servidores estão envolvidos no plano de de evacuação.

Há, no total, nove escolas disponibilizadas como abrigos, 50 ônibus, geradores, 20 ambulâncias, 10 caçambas, retroescavadeiras, cinco carros-pipas, plantão 24h da Guarda Municipal, 5 mil colchões, 5 mil kits dormitório, 3 mil kits de higiene, 3 mil kits de limpeza, 5 mil refeições por turno, água, cestas-básicas e outros mantimentos.


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Há, ainda, a solicitação de apoio para atuação da Cruz Vermelha, que conta com 200 voluntários em Maceió, e do Exército, de acordo com a prefeitura.

Veja os cuidados recomendados pela Defesa Civil

  • Mantenha a calma (os locais estão isolados);
  • Afaste-se dos locais isolados;
  • Não se aproxime, por terra ou navegações, a área de Mutange;
  • Não pratique pesca próximo ao Mutange;
  • Não utilize drones sem autorização;
  • Não se aproxime de barreiras nas áreas isoladas;
  • Informe-se com fontes oficiais.

O bairro de Mutange, em Maceió (AL), que faz parte da zona crítica para risco de colapso de mina da Braskem, registrou mais de mil abalos sísmicos no espaço de cinco dias. A informação é do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

É um problema antigo

O problema em torno do afundamento na região onde ficam as 35 minas de sal-gema da Braskem veio à tona em março de 2018, quando um forte tremor atingiu a área. O risco iminente de formação de crateras levou à saída emergencial de cerca de 55 mil pessoas da área. O problema foi constatado por diversos órgãos.

Como mostrou reportagem do Metrópolesgrandes quantidades de sal-gema foram encontradas no subsolo de Maceió na década de 1960, e, em 1976, a empresa Salgem — que passou ao comando da Braskem, em 2002 — começou a cavar minas na região, com anuência das autoridades locais.

A mineração na região só parou em março de 2019, após ter sido confirmada a relação com o afundamento.

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Por Metrópoles

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