O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, defendeu o Irã depois do ataque contra Israel. O diplomata disse, neste domingo, 14, que o país “queria fazer um gesto” por causa do ataque que sofreu em seu consulado na Síria.

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O diplomata brasileiro concedeu entrevista ao site UOL. Amorim afirmou que tudo depende de como o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, vai responder ao ataque.

Ao defender o Irã, ele afirmou que, na região, é “sempre difícil” avaliar quem iniciou a crise. Segundo Amorim, nesse caso específico, o ataque iraniano era uma resposta ao bombardeio contra o consulado de Teerã em Damasco, capital da Síria. O atentado aconteceu no início de abril.

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“O Irã queria fazer um gesto”, disse o diplomata brasileiro ao UOL. Amorim lembrou da importância que a Guerra Revolucionária Iraniana tem para a estrutura de poder em Teerã.

Um alto militar da guarda morreu durante o ataque contra o escritório. Na ocasião, o Irã acusou Israel de o autor do ataque ao consulado iraniano.

Neste sábado, o Irã disparou drones explosivos e mísseis contra uma base militar de Israel. Cerca de 99% dos projéteis foram abatidos pelas Forças de Defesa de Israel.

Itamaraty não condenou o Irã

O sistema antimíssil Domo de Ferro de Israel intercepta foguetes lançados da Faixa de Gaza, em meio ao conflito em curso entre Israel e o Hamas, visto de Ashkelon - 15/1/2024 | Foto: Amir Cohen/Reuters
O sistema antimíssil Domo de Ferro de Israel intercepta foguetes lançados da Faixa de Gaza, em meio ao conflito em curso entre Israel e o Hamas, visto de Ashkelon – 15/1/2024 | Foto: Amir Cohen/Reuters

Depois do atentado, o Ministério de Relações Exteriores do Brasil emitiu um comunicado, mas não condenou o Irã. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou um tom parecido com os governos da Rússia e da China. Ambos alertaram para o risco dos ataques, porém, evitaram condenar o governo iraniano.

“Por sorte ou por qualquer outro motivo, os drones e mísseis não atingiram seus alvos”, disse Amorim. “Mas a questão é como o governo de Israel vai responder.”

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O diplomata conversou com Lula e afirmou que não há qualquer iniciativa para se convocar o G20, presidido pelo Brasil, ou o Brics.

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Fonte : Revista Oeste

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