O CEO da Braskem, Roberto Bischoff, disse nesta segunda-feira, 4, que há “bons indicativos” de que o solo do terreno da mina 18, em Maceió, está “se acomodando”. A declaração foi feita durante um evento promovido pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). 

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Bischoff afirmou que, quando houve a possibilidade de um afundamento mais acelerado do solo, no fim de novembro, toda a região já estava desocupada, com exceção de “23 famílias que não aceitaram sair do bairro”. 

“Imediatamente, a Braskem interrompeu a produção das minas de sal”, afirmou o executivo. “Havia quatro minas de sal naquele momento. Foram contratados especialistas nacionais e internacionais para entender o fenômeno. É complexo.”

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CEO da Braskem disse que o fenômeno não é um problema específico da empresa

O CEO da companhia ainda disse que o fenômeno não é um problema específico da Braskem. De acordo com ele, a empresa se envolve com o assunto desde 2018, com trabalhos em três frentes: realocação dos moradores da área, desligamento de minas e obras sociais. “Estamos há mais de quatro anos nesse processo sem colocar em risco as pessoas”, afirmou. 

Conforme Bischoff, a “discussão política” tem distorcido as informações sobre o trabalho da empresa. 

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“Infelizmente, o assunto entra em uma discussão política, em que a gente acaba tendo informações distorcidas”, disse o executivo. “E queria aproveitar o momento para compartilhar com vocês o nosso compromisso.”

Braskem é mais um capítulo nas relações entre Petrobras e Odebrecht

A Braskem é controlada pela antiga Odebrecht — atual Novonor. A segunda maior posição acionária no negócio é da Petrobras. Os dados são públicos e estão no site da B3 — a Bolsa de Valores de São Paulo.

Planta Braskem
A Braskem, responsável pela mina que ameaça colapsar em Maceió, é controlada pela antiga Odebrecht — atual Novonor | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

De acordo com as informações da B3, pouco mais de 50% das ações ordinárias da Braskem — que dão direito a opinar sobre a condução do negócio — pertencem à NSP Investimentos S.A., holding da Odebrecht. A fatia da Petrobras é de 47% do total. O restante, quase 3%, é de sócios menores.

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Fonte : Revista Oeste

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