A polícia descobriu que Cleusimar não só usava a droga, mas também começou a utilizar o livro “Cartas de Cristo” e a realizar um culto baseado em uma “interpretação equivocada” das escrituras. Com isso, eles teriam começado a recrutar outras pessoas, principalmente funcionários do salão de beleza da família.

“Enquanto meditávamos nas cartas, isso nos deixava mais tranquilos, menos ansiosos e ajudava a prestar atenção nas palavras. Intolerância religiosa é crime. Espero que ninguém me impeça de meditar as cartas de Cristo, que foram escritas por Jesus. Pretendo continuar com meus salões, minhas meditações e seguindo a palavra”, concluiu ela no depoimento.

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Morte e prisões

Após a morte de Djidja Cardoso, foi revelado que seu irmão Ademar e sua mãe Cleusimar já estavam sob investigação há mais de um mês devido ao envolvimento com o grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”. A polícia suspeitava que a “organização religiosa” forçava o uso de cetamina para que os membros alcançassem uma falsa “plenitude espiritual”.

Ampolas de cetamina foram encontradas tanto na casa de Djidja, quanto em salões de beleza da família. No dia 30 de maio, dois dias após a morte de Djidja, Cleusimar, Ademar e outros três funcionários da empresária foram presos pela Polícia Civil. As acusações incluem tráfico de drogas, associação para o tráfico e, no caso de Ademar Farias, irmão de Djidja, o crime de estupro.

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Em 26 de julho, a Justiça do Amazonas aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra Cleusimar, Ademar e o ex-namorado de Djidja, Bruno Roberto da Silva, por tráfico de drogas, tornando-os réus. Outras sete pessoas também foram denunciadas pelo mesmo crime.

Até o momento, o Ministério Público do Amazonas apresentou apenas denúncias relacionadas ao tráfico de drogas. No entanto, outras promotorias podem vir a apresentar novas acusações contra os envolvidos, como charlatanismo, curandeirismo, estupro de vulnerável, organização criminosa, entre outros.

Djidja Cardoso. (Foto: Reprodução/Instagram)
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Nos documentos obtidos pelo g1, foi revelada a identidade e os crimes pelos quais os acusados devem responder. Confira a lista abaixo:

Cleusimar Cardoso Rodrigues (presa): tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Ademar Farias Cardoso Neto (preso): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

José Máximo Silva de Oliveira, dono de clínica veterinária que fornecia a cetamina (preso): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Sávio Soares Pereira, sócio de José Máximo na clínica veterinária (preso): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Hatus Moraes Silveira, coach que atuava como personal trainer da família de Djidja (preso): denunciado por tráfico de drogas e associação pra o tráfico.

Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro em um dos salões da família de Djidja (em prisão domiciliar): denunciado por tráfico de drogas.

Claudiele Santos Silva, maquiadora em um dos salões da família de Djidja (em prisão domiciliar): denunciada por tráfico de drogas.

Verônica da Costa Seixas, gerente de uma rede de salões de beleza da família de Djidja (presa): denunciada por tráfico de drogas.

Emicley Araújo Freitas, funcionário da clínica veterinária de José Máximo (em prisão domiciliar): denunciado por tráfico de drogas.

Bruno Roberto da Silva Lima, ex-namorado de Djidja (em prisão domiciliar): também denunciado por tráfico de drogas – em prisão domiciliar.


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Fonte : Hugo Gloss

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