A Cúpula da Amazônia, que ocorre entre esta terça (8) e quarta-feira (9), reúne líderes de 15 países, além de representantes da sociedade civil.

O evento será realizado em Belém, no Pará, que será também sede da Cúpula do Clima das Nações Unidas, principal evento mundial para a discussão de mudanças climáticas, daqui a dois anos.

Vídeo: Cúpula da Amazônia: países buscam consenso sobre Carta de Belém

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“Acaba sendo uma espécie de ensaio para a COP 30, no sentido de pensar os caminhos do desenvolvimento sustentável”, disse, em entrevista à CNN Rádio, o professor de pós-graduação em Integração da América Latina da USP Gustavo Menon.

“Nestes encontros da Cúpula da Amazônia – estamos diante também dos Diálogos Amazônicos – há uma série de articulações por parte dos chefes de estado e membros da sociedade civil para pensar uma política de desmatamento zero, e, sobretudo, uma série de ações e programas que visem combater essa lógica de degradação ambiental.”

Gustavo Menon também avalia que o Brasil, ao organizar eventos como a Cúpula da Amazônia, tenta recuperar e demonstrar para o mundo a posição de liderança regional na América do Sul.

“Há uma tentativa de retomada, de colocar o Brasil como um ator central nas políticas de integração regional”, analisa.

“Neste contexto, podemos citar a rearticulação da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), a proposta de ampliação do Mercosul com a inclusão da Bolívia e a reativação das discussões da Unasul (União de Nações Sul-Americanas). O Brasil, cada vez mais, tenta implementar políticas de cooperação “sul-sul” e isso passa, obviamente, pelas articulações e pela série de programas vinculados à Amazônia.”

Entre as discussões que Gustavo Menon espera ver avanços na cúpula estão a criação de um fórum de cidades amazônicas, assim como uma espécie de parlamento da região, com o objetivo de articular os debates entre os países.

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Fonte : CNN BRASIL

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