O cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de Salvador, morreu na manhã deste sábado (26), em Londrina, no Paraná. Ele tinha 89 anos e estava com a saúde debilitada desde dezembro do ano passado, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC).

O funeral do cardeal será realizado em Londrina, onde ele residia desde 2014. O cortejo sairá da Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina às 8h da manhã do domingo (27), em direção à catedral metropolitana de Londrina. Por volta das 9h, o arcebispo dom Geremias Steinmetz, presidirá a Celebração da Palavra e às 10h a primeira missa. A seguir, missas a cada duas horas até às 10h da segunda-feira (28), quando será celebrada a última missa, seguida do sepultamento na cripta da catedral.

Biografia

Dom Geraldo Majella Agnelo nasceu em 19 de outubro de 1933, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Foi ordenado padre em 1957 e exerceu diversos cargos na Arquidiocese de São Paulo, entre eles o de bispo auxiliar (1978-1987) e arcebispo (1987-2014). Em 2001, foi nomeado cardeal pelo Papa João Paulo II.

Como arcebispo de São Paulo, Dom Geraldo Majella foi um dos líderes da Igreja Católica no Brasil. Presidiu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) entre 1991 e 1995. Foi um defensor dos direitos humanos e da justiça social.

Nota de Condolências da CNBB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) une-se em solidariedade à Arquidiocese de São Salvador (BA) e aos familiares por ocasião do falecimento de Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito daquela estimada Igreja Particular, neste sábado, 26 de agosto, memória de Santa Maria no sábado, em Londrina (PR), onde residia desde 2014.

Damos graças a Deus pela doação deste irmão no episcopado que entregou sua vida à Igreja no Brasil e no mundo. Dom Geraldo foi destacado, nos lugares onde serviu como padre e bispo, por sua afabilidade e pela virtude de criar laços de amizade e comunhão entre as pessoas.

Sua vida foi marcada por um grande amor à Igreja e uma contínua dedicação às coisas da Igreja, a serviço da fé e ao testemunho da vida cristã. Dom Geraldo mostrou sempre grande zelo pela Liturgia, pela boa formação dos sacerdotes e do povo católico e pela irrestrita fidelidade ao Papa e à Igreja. Foi um intérprete da reta reforma litúrgica, desejada pelo Concílio Vaticano II.

Agradecemos, especialmente, os anos nos quais se dedicou à nossa Conferência, tendo presidido a Comissão Episcopal para a Liturgia, de 1983-1987, atuado como vice-presidente do Regional Sul 2 da CNBB, e estado à frente da CNBB, como seu presidente, de 2003 a 2007.

Como no Evangelho da liturgia que celebramos hoje, Dom Geraldo foi aquele que soube amar a um só Pai, aquele que está nos céus. Teve um só guia, Cristo. E foi grande porque entre nós foi um humilde servidor do Evangelho.

Rogamos a Deus que conforte os corações de amigos, fiéis e familiares e dê ao nosso irmão a glória do descanso eterno e de ser exaltado nos céus.

Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe para ele a Vossa luz.


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Fonte : Gazeta do Brasil

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