O cenário político de São Bento se agita com os movimentos pós-eleitorais. O vereador Júnior Cidalino, que este blog antecipou como “Escolhido do Dr. Jarques”, conquistou impressionantes 2.060 votos, a maior marca já registrada na história do município para um cargo legislativo, e é agora o centro de uma nova disputa de poder. Em uma cidade onde a política é marcada por alianças e jogos de influência, o atual prefeito, que se intitula como “o maior líder político de São Bento”, não pretende deixar seu pupilo à deriva.
É sabido que, ao não conseguir eleger a maioria dos vereadores para apoiar seu sucessor, Gerfeson Carnaúba, Dr. Jarques precisa agora assegurar um controle estratégico sobre a Câmara Municipal. E qual a melhor maneira de fazer isso senão garantir que seu “Escolhido”, Júnior Cidalino, ocupe a presidência? Há, claramente, um esforço para capitalizar essa vitória expressiva e manter a base de poder intacta na cúpula política de São Bento.
Por outro lado, a movimentação de Josué Júnior, conhecido como JJ, traz um novo elemento ao jogo. Lançar-se candidato à presidência da Câmara sem, ao que tudo indica, ter discutido previamente com Dr. Jarques ou com o próprio Gerfeson Carnaúba, levanta uma questão: estaria JJ usando essa candidatura como uma manobra para negociar mais espaço na futura administração de Carnaúba?
Ao se antecipar no jogo, JJ pode estar tentando fortalecer sua posição ou pressionar por cargos estratégicos no novo governo. Enquanto isso, resta saber se o prefeito conseguirá exercer sua “influência e liderança” para consolidar Júnior Cidalino como presidente e manter sua narrativa de maior liderança política em São Bento.
Nesse cenário de incertezas e interesses, tudo é uma questão de diálogo e barganha. E, sem dúvida, as próximas semanas serão decisivas para definir quem, de fato, terá a caneta na mão quando se trata das decisões do legislativo municipal.
Francisco Nadjan
