Detido desde 8 de fevereiro, Filipe Martins, ex-assessor do presidente Bolsonaro, escreveu em carta endereçada a um amigo sua decisão irrevogável de não optar pela delação premiada. “Não delatei. Não delatarei. Porque não há o que delatar”, afirmou categoricamente no documento.

Inspirando-se em Sócrates, Martins reforça sua posição: “Estou como disse Sócrates: ‘É preferível que eu padeça de uma injustiça do que cometer uma para livrar minha pele’”. Esse posicionamento vem à tona em meio a especulações e à reestruturação de sua equipe de defesa.

A defesa de Martins teve a substituição do advogado João Vinicius Manssur por Sebastião Coelho da Silva, desembargador aposentado do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, conhecido por suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes. Em 2022, Coelho descreveu Moraes como alguém que “inflama” o país e que suas ações representam uma “declaração de guerra”.

A contratação de Coelho sinaliza uma estratégia firme de defesa contra os rumores de uma possível delação premiada, apontando para um embate direto e técnico no campo jurídico. Sebastião Coelho confirmou sua participação no caso, e sobre a mudança, Manssur comentou que “A renúncia foi por motivos de foro íntimo”, mantendo o mistério sobre os bastidores dessa decisão.


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Fonte : Hora Brasilia

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