Quando se fala em orgasmo, estatísticas mostram que os homens têm muito mais orgasmos que as mulheres e sentem mais facilidade no processo do clímax. Contudo, o que pouca gente sabe é que existem homens que não conseguem chegar ao orgasmo fazendo sexo com outra pessoa, apenas se masturbando.

De acordo com a sexóloga Tamara Zanotelli, a essa disfunção sexual dá-se o nome de ejaculação retardada, que é quando o homem, apesar de se sentir excitado e ter uma ereção firme, não consegue ou demora muito a atingir o orgasmo.

“Existem dois tipos de ejaculação retardada: a primária, em que o homem conviveu com essa disfunção desde sempre; e a secundária, que é transitória e pode surgir por outros fatores, como momentos conturbados emocionalmente, idade, hormônios…”, explica.

Nos dois casos, os motivos que desencadeiam a disfunção podem ser tanto psicológicos quanto fisiológicos. “Uso de psicofármacos, estresse, ansiedade de performance, uso excessivo de álcool, drogas, diabetes, baixa testosterona, separações… São muitas as possíveis causas de uma ejaculação retardada”, elucida Tamara.


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Uma das principais consequências de um quadro de ejaculação retardada é o homem passar a preferir a masturbação à relação sexual com outra pessoa. Afinal, além do sexo gerar ansiedade e não terminar em orgasmo, na masturbação ele já sabe o peso exato que a mão precisa ter, a velocidade, intensidade e todos os detalhes que o fazem gozar.

“Além disso, também pode haver consequências para o relacionamento, caso o paciente viva um. A parceria costuma viver com um peso muito grande, porque – principalmente quando são mulheres – elas costumam se culpabilizar, achar que não despertam mais o desejo do parceiro e passam a sofrer de baixa autoestima”, pontua a terapeuta.

Além das feridas emocionais causadas a todos os envolvidos, a especialista chama a atenção para a possibilidade de feridas físicas também, uma vez que, para o homem atingir o clímax, o sexo precisa ter longas durações. Isso pode levar ao ressecamento da lubrificação de ambos e consequentes fissuras e machucados.

Diagnóstico e tratamento

Para diagnosticar a ejaculação retardada, é preciso mais do que casos isolados. Segundo Tamara, o critério costuma ser de que, nos seis meses anteriores, o paciente tenha apresentado a disfunção de forma recorrente.

Depois do diagnóstico, o primeiro passo é procurar terapia sexual. “No tratamento terapêutico, investigamos a raiz do problema e indicamos ferramentas e mudanças nos hábitos desse homem. Caso, ainda assim, não se resolva, encaminhamos o paciente para o urologista”, explica.

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Por Metrópoles

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