Leandro Bizarro Bjorklund é amigo próximo de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Moraes.

O escrivão da Polícia Civil de São Paulo Leandro Bizarro Bjorklund é suspeito de vazar dados sigilosos da polícia para Eduardo Tagliaferro, que foi chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2022. À época, o TSE estava sob comando do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Tagliaferro recebeu os dados da polícia para produção de relatórios sobre a segurança de Moraes e da sua família. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, os pedidos foram feitos pelo segurança do magistrado, o policial militar Wellington Macedo.

Na conversa com o segurança de Moraes, publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo, Tagliaferro teria dito que levantou os dados sigilosos com uma pessoa “de sua extrema confiança” e cuja identidade não deveria ser revelada.

O ex-assessor de Moraes é amigo do escrivão Leandro Bjorklund. Apesar disso, o policial não tem vínculo com o TSE ou com a segurança do STF.

O caso é investigado pela PF (Polícia Federal) em paralelo a um procedimento da Corregedoria da Polícia Civil de SP que apura se o escrivão compartilhava o acesso (login e senha) com Tagliaferro ou só repassava as informações.

RELAÇÃO COM TAGLIAFERRO

O escrivão Leandro Bjorklund é amigo próximo de Tagliaferro. Ele foi testemunha de defesa quando o ex-assessor de Moraes foi preso por violência doméstica contra sua ex-mulher em maio de 2023. Leia abaixo um trecho do boletim de ocorrência:

Em depoimento sobre caso de violência doméstica de Tagliaferro, Leandro disse ser amigo do ex-assessor de Moraes e que foi até a casa dele depois de ser acionado pela ex-mulher.

O QUE DIZEM OS ACUSADOS

Foram realizadas 2 ligações telefônicas para o escrivão em 11 de setembro de 2024 às 17h27min e 12 de setembro às 10h25min. Também foram enviadas mensagens de texto por WhatsApp em 11 de setembro de 2024 às 17h1min e 12 de setembro às 10h22. Não houve resposta até a publicação desta reportagem.

O  Eduardo Kuntz, advogado de Tagliaferro, que disse desconhecer que Leandro cedia dados para Tagliaferro, mas que se manifestará futuramente.

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Fonte:
Paulo Figueiredo

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