A família do adolescente Thiago Flausino, de 13 anos, morto durante uma ação da Polícia Militar do Rio de Janeiro, na Cidade de Deus, conduziu uma investigação própria para elucidar o caso.

Familiares conseguiram imagens flagradas por câmeras de segurança de diversos ângulos, que foram entregues à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), ao Ministério Público do Rio de Janeiro e aos defensores públicos que acompanham o caso.

Segundo a família, as imagens obtidas por eles, às quais a CNN teve acesso, mostram Thiago na garupa de uma motocicleta, que era seguida por um carro prata. Ainda segundo os familiares da vítima, é deste carro descaracterizado que saem os militares fardados, que teriam atuado na ocorrência que terminou com a morte do adolescente.

Os familiares do garoto também defendem que as imagens não mostram nenhum confronto. Em um dos registros, é possível ver parte do corpo do Thiago, já ferido e ainda vivo, caído ao chão. Ao seu lado, está um PM fardado em pé.

Em conversa com a CNN, os familiares dizem que o garoto tinha sido baleado na perna pela polícia, caiu na calçada onde as imagens foram gravadas e tomou mais um tiro de fuzil no local, onde morreu.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou, na ocasião do crime, que equipes do Choque realizavam um patrulhamento pelas imediações da comunidade Cidade de Deus, quando dois homens em uma moto atiraram contra a guarnição. Segundo a PM, após o confronto o adolescente foi encontrado morto.

Segundo a família, esses vídeos são as principais provas do inquérito policial até agora. A busca por estes registros começou no dia seguinte ao crime.

“Que polícia é essa que mata crianças praticamente todo dia? Se a gente não resolver isso, o nome o Thiago ficara manchado na história”, disse Hamilton Flausino, tio do adolescente, à CNN.

Em nova nota, a assessoria de imprensa da Polícia Militar do Rio informou que “além da colaboração integral com as investigações da Polícia Civil, o comando da Corporação determinou que os seis agentes do Batalhão de Choque que atuaram na noite em que o adolescente foi ferido na Cidade de Deus, fossem transferidos de unidade e afastados do serviço das ruas provisoriamente até o fim das investigações, e cumprem funções administrativas”. A Corregedoria da PM também apura o caso.

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Fonte : CNN BRASIL

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