O analista de Economia Fernando Nakagawa falou durante o CNN 360° desta terça-feira (2) sobre as razões para a disparada do dólar nos últimos meses. Segundo ele, há uma clara percepção de “queda de braço” entre o mercado financeiro e as cotações da moeda brasileira.

Nakagawa apontou dois grandes fatores que estão no radar dos investidores: a piora das contas públicas e o ruído político gerado pelo embate verbal entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Trajetória do dólar em 2024

O dólar iniciou o ano próximo de R$ 4,85, permanecendo nesse patamar até março. Em abril, dois eventos contribuíram para a alta: a mudança da meta fiscal para 2025, sinalizando um aumento nos gastos públicos, e a indicação de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderia adiar cortes na taxa de juros.

Após um pico em torno de R$ 5,30, a moeda se estabilizou por alguns meses, mas voltou a subir nas últimas semanas, impulsionada pelo ruído político doméstico e pelos sinais das novas decisões do Fed sobre a redução dos juros, nos EUA.

Instrumentos de intervenção do BC

Segundo Nakagawa, o Banco Central pode intervir no câmbio para conter distorções na liquidez ou no funcionamento do mercado de dólar. Entre as opções, estão contratos futuros (swaps cambiais), empréstimos de dólares das reservas, venda direta de dólares das reservas e até alterações em impostos relacionados à taxa de câmbio.

Embora o BC afirme que o dólar é flutuante e não há um preço mínimo ou máximo, outros países, como Japão e Inglaterra, já intervieram para proteger suas moedas. No entanto, até o momento, o BC brasileiro não sinalizou essa intenção em relação à alta do dólar.

Analistas avaliam que, apesar dos ruídos políticos domésticos, o cenário internacional adverso, com juros altos nos EUA por mais tempo, é o principal fator a dificultar a vida das autoridades monetárias e econômicas do Brasil e de outras nações.

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(Publicado por Raphael Bueno, da CNN Brasil)

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Fonte : CNN BRASIL

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