Estudou em Alagoa Nova e depois em Campina Grande, mas não chegou a terminar o colegial. Declaradamente autodidata, já naquela época abdicava de qualquer conhecimento técnico-científico, lógico, matemático. Importava-se exclusivamente com as leituras, com as histórias narradas, com a escrita. Ensaiou ser poeta, sonhou ser romancista, fixou-se mesmo como cronista.

Como ele mesmo diz ao olhar para trás, já carregando nas costas as nove décadas de vivências, era sobretudo um “vagabundo”. Um homem que, tal como o sentido original do termo no latim, tem a aptidão de vaguear o mundo, as vielas da cidade, em busca das histórias que valiam a pena contar.

Tão apaixonado pela escrita, mudou-se para João Pessoa, a capital paraibana, no início da década de 1950. E fez isso justamente porque, naquela cidade, havia jornal para se escrever. Encontrou-se no jornalismo e, em 1954, fez a sua estreia como cronista. Nunca mais deixou João Pessoa, cidade pela qual se apaixonou, nunca mais deixaria também de escrever os seus textos curtos que eram verdadeiras radiografias poéticas sobre a cidade e a sua gente.

source
Fonte: Jornal da Paraíba

Ouça a Rádio Piranhas FMRádio Piranhas FM pelo RadiosNet. #OuvirRadio