O Ministério da Fazenda deve enviar ao Congresso Nacional pelo menos quatro propostas junto com o Orçamento de 2024.

Os modelos pretendem distensionar o cenário ao redor do ministro Fernando Haddad, que vem sendo pressionado para aumentar a arrecadação e cumprir a meta de zerar o déficit fiscal do ano que vem.

Confira algumas das medidas:

Em entrevista à CNN na noite da última segunda-feira (7), o economista e pesquisador associado do Insper, Marcos Mendes, afirmou que o governo não está tendo clareza das estimativas de arrecadação.

“A estimativa para o CSLL [Contribuição Social sobre o Lucro Líquido] é de R$ 88 bilhões, mas já tem gente do governo falando em R$ 40 bilhões. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias a previsão foi de R$ 47 bilhões”, comentou.

“A tributação de apostas esportivas, foram previstos valores de R$ 12 bilhões a R$ 15 bilhões, mas já estão falando em R$ 2 bilhões”, afirmou.

Para Mendes, o governo precisa ser transparente e convincente com relação aos números, uma vez que adotou a estratégia de “jogar todas as fichas” na Receita Federal.

“Os números estão dançando, saindo de uma caixa-preta, a gente não sabe de onde vêm”, disse.

“O governo não pode ficar tirando números da cartola toda hora. Isso já está deteriorando a credibilidade do ajuste fiscal, até mesmo pela forma que os números de 2023 estão sendo tratados”, avaliou.

O especialista destacou que o déficit fiscal subiu 35% desde o primeiro relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas.

“A receita está só caindo e as despesas estimadas só aumentam”, comentou.

“Se falava em 0,5% de déficit no começo do ano, e agora estão falando que estão perseguindo 1% do PIB [Produto Interno Bruto], enquanto as contas estão indicando 1,36%”, avaliou

“Temos que tratar com muita seriedade essa questão de estimativa de receita e mostrar de onde vêm os números”, concluiu.

Veja também: Governo abandona metas fiscais para 2023 e 2024

Publicado por Amanda Sampaio, da CNN.

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Fonte : CNN BRASIL

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