Neste sábado, 11, o Gabinete Meteorológico da Islândia informou que mais de 3 mil moradores da cidade de Grindavik, cidade pesqueira localizada no sudoeste da ilha, tiveram de deixar suas moradias devido à atividade de um vulcão local. O temor de uma possível erupção obrigou as autoridades a fecharem a atração turística conhecida como Lagoa Azul.

As autoridades islandesas decidiram evacuar a região depois do registro de uma série de terremotos e evidências da propagação de magma pelo subsolo da região.

De acordo com as autoridades, havia um risco significativo de uma erupção na península de Reykjanes em função do tamanho da intrusão subterrânea de magma, e da velocidade de propagação da incandescente lava vulcânica.

Thorvaldur Thordarson, professor de vulcanologia da Universidade da Islândia, comentou sobre a situação à emissora estatal RUV.

“Não creio que demore muito para uma erupção. Pode levar algumas horas ou poucos dias. A probabilidade de uma erupção aumentou significativamente”.

Ainda durante a noite, a Agência de Proteção Civil do país ordenou a evacuação completa dos habitantes da cidade pesqueira de Grindavik. Porém, as autoridades da ilha enfatizaram que não se tratava de uma evacuação de emergência.

Mais de mil terremotos

O primeiro registro dos terremotos recentes na Islândia data de 25 de outubro, no entanto a frequência de tremores se intensificou nos últimos dias. De acordo com os observadores científicos, entre quarta-feira 8 e quinta-feira 9, aproximadamente 1.400 tremores de terra foram registrados na região. O mais intenso foi de magnitude 4,8.

Fim da Lagoa Azul

O spa geotérmico Lagoa Azul teve de ser fechado por causa do aumento da atividade sísmica. O spa é uma das atrações turísticas mais conhecidas e frequentadas da Islândia. A ilha tem mais de 130 vulcões.

Islândia erupção
A Lagoa Azul é uma das principais atrações turísticas da Islândia. Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução

Histórico da atividade sísmica

A região islandesa que está em estado de alerta para a atividade sísmica assistiu nos últimos anos a diversas erupções em áreas despovoadas. Porém, os especialistas acreditam que o atual fenômeno representa um risco imediato para a cidade de Reykjanes.

Isso porque a região é considerada um ponto sísmico — localizada a sudoeste da capital islandesa Reykjavik. Em março de 2021, fontes de lava irromperam de uma fissura no solo, a abertura media por volta de 600 metros de comprimento e pertencia ao sistema vulcânico de Fagradalsfjall.

O sistema Fagradalsfjall mede aproximadamente 6 km de largura e 19 km de comprimento, e havia permanecido inativo por mais de 6 mil anos antes das recentes erupções.

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Fonte : Revista Oeste

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