Os pais da bebê Indi Gregory, de oito meses, não conseguiram impedir na Justiça britânica o desligamento dos aparelhos da criança, que deve ocorrer neste sábado, 11.
Indi luta contra uma doença mitocondrial rara, sem cura, que afeta a produção de energia nas células do corpo.

Conforme o juiz Peter Jackson, em sentença proferida ontem, o recurso da família contra o hospital Queen’s Medical Center é “totalmente sem mérito”. O magistrado manifestou ainda preocupação com processos “manipuladores que visam frustrar decisões judiciais”.
Jackson impediu o encerramento do tratamento da menina em casa. Após tentativas malsucedidas de salvá-la, a família, então, pediu transferência para a residência do casal, onde os aparelhos seriam desligados em um ambiente com o “calor dos parentes”, em vez de um quarto “impessoal” de hospital.
Luta pela vida de Indi Gregory
Dean Gregory e Claire Staniforth acionaram os tribunais, depois de a unidade de saúde na qual Indi está internada na cidade de Nottingham, a pouco mais de 200 quilômetros ao sul de Londres, informar que “não há mais ações a serem tomadas em seu tratamento”.
A saga de Indi envolveu até outros países, que ofereceram cuidados alternativos, na tentativa de salvar a vida da garota.
A batalha judicial envolveu inúmeras audiências desde a sentença inicial concedida por um juiz em outubro, segundo a qual autorizou a retirada que mantêm Indi respirando.
Os pais da bebê tentaram reverter a decisão da Corte de Apelação inglesa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, mas não conseguiram.
O Hospital Infantil Bambino Gesu, em Roma, chegou a oferecer um tratamento para Indi, mas um juiz inglês negou o pedido de transferência.
De modo a acelerar a possível transferência, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, garantiu cidadania italiana a Indi. Mesmo assim, o esforço não deu certo.
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Fonte : Revista Oeste