A Justiça do Equador determinou, na quinta-feira (10), a prisão preventiva dos seis acusados de matar o candidato à Presidência Fernando Villavicencio. O pedido foi feito pelo Ministério Público do país, que alega ter apresentado elementos de flagrante delito que justificaram a decisão do juiz.

O ministro do Interior do Equador, Juan Zapata, disse à CNN, na quinta-feira, que os seis homens presos eram estrangeiros e pertenciam a grupos criminosos, segundo evidências preliminares.

Por sua vez, o Ministério Público do Equador informou, por meio de nota, que a prisão das seis pessoas ocorreu durante incursões nas áreas de Conocoto e San Bartolo, em Quito.

Durante as operações noturnas, as autoridades também encontraram um fuzil, uma metralhadora, quatro pistolas, três granadas, dois carregadores de fuzil, quatro caixas de munição, duas motocicletas e um veículo roubado que teria sido usado pelos homens, disse Zapata.

O Ministério Público acrescentou que o correspondente ao Instituto de Medicina Legal brasileiro procedeu com a remoção do corpo de Fernando Villavicencio do Casa de Saúde, transferindo-o para a realizar a autópsia.

VÍDEO: Entenda o caso

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Villavicencio foi morto na quarta-feira (9) ao ser baleado enquanto deixava um comício político realizado no Anderson College em Quito, capital do país.

A mídia local informou que cerca de 30 tiros foram disparados em um evento no norte de Quito. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram Villavicencio entrando em um carro após o evento, antes do som de aparentes tiros e gritos.

Pelo menos 9 pessoas ficaram feridas no ataque, “entre elas o candidato à presidência e dois policiais”, segundo a Procuradoria Geral do Equador.

Quem é Fernando Villavicencio

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Nascido em 11 de outubro de 1963, em Alausí, Fernando Alcibiades Villavicencio Valencia teve uma intensa trajetória como jornalista e sindicalista ao mesmo tempo em que abraçava a carreira política.

/ Reprodução/ CNN

Estudou jornalismo e comunicação na Universidade Cooperativa da Colômbia, na qual se formou e iniciou seus trabalhos como comunicador social. Logo em seguida, iniciou na carreira política como um dos fundadores do Partido Pachakutik, em 1995.

No ano seguinte, começou a trabalhar na Petroecuador, a companhia petrolífera estatal do país. Lá, atuou com jornalismo e logo assumiu posições sindicais. Ele se manteve como um líder dos trabalhadores da companha até 1999, quando foi demitido por uma ordem do então presidente Jamil Mahuad.

Mesmo longe da Petroecuador, continuou denunciando os problemas da companhia, como delitos ambientais e trabalhistas. Ganhou notoriedade como um dos mais ferrenhos críticos do então presidente Rafael Correa.

Em 2017, concorreu e foi eleito a uma vaga na Assembleia Nacional. Ocupou o cargo até maio deste ano, quando o presidente Guillermo Lasso assinou a “morte cruzada”, que resultou na dissolução do parlamento equatoriano.

Crítico do correísmo e do governo Lasso, Villavicencio foi um dos personagens mais visíveis nas denúncias de corrupção nos setores de petróleo, energia, telecomunicações e estruturas criminosas, segundo seu perfil na Assembleia Nacional do Equador.

Com informações de Marina Toledo, CNN Espanhol e Reuters

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Fonte : CNN BRASIL

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