O colégio de líderes da Câmara dos Deputados decidiu ampliar a desoneração da folha de pagamentos, incluindo os municípios, sem uma estimativa de impacto fiscal.

Fontes que participaram da reunião relataram à CNN que não foi apresentada nenhuma projeção de perda de arrecadação, nem de compensação.

O único número hoje disponível foi feito pelo Senado.

Ao incluir na desoneração da folha municípios com menos de 142 mil habitantes, os senadores estimaram perda de receitas em R$ 9 bilhões.

Três propostas circularam entre os líderes. A relatora, deputada Any Ortiz (Cidadania-RS), propôs cinco faixas diferentes de desoneração conforme à população.

O líder do União Brasil sugeriu que a diferenciação entre os municípios fosse feita pelo critério de PIB percapita, enquanto o líder do PP, André Fufuca, colocou na mesa o critério de IDH para que municípios mais pobres paguem menos.

Nenhuma das três propostas veio acompanhada de impacto fiscal.

Na reunião, Ortiz chegou a questionar Elmar se ele tinha alguma projeção, mas o deputado disse que não, apurou a CNN.

O ministério da Fazenda tem resistência a ampliação da desoneração da folha de pagamentos, uma política que já custa caro aos cofres públicos.

No entanto, os líderes do governo, do PT e o próprio Haddad não fizeram esforço para barrar a proposta. “Ninguém consegue votar contra os prefeitos nesse momento de contas complicadas dos municípios”, disse um líder.

Na manhã desta quarta-feira (30), os partidos devem se reunir de novo para definir qual critério adotar e o tema vai ser votado no fim do dia.

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Fonte : CNN BRASIL

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