O livro Frankenstein, indicado na categoria Ilustração do prêmio Jabuti, foi desclassificado de uma das mais tradicionais premiações literarárias do pais. Em nota, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) comunicou a decisão nesta sexta-feira (10/11).

“A Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora do Prêmio Jabuti, informa que a obra Frankenstein, editada pelo Clube de Literatura Clássica, que utilizou ferramentas de inteligência artificial (IA), foi revista e desclassificada”, informa o texto.

Após a lista do Jabuti se tornar pública, ilustradores se mostraram decepcionados com a indicação do livro, que usou inteligência artificial para produzir os desenhos da obra.

“As regras da premiação estabelecem que casos não previstos no regulamento sejam deliberados pela curadoria, e a avaliação de obras que utilizam IA em sua produção não estava contemplada nessas regras”, segue a nota.

A editora responsável pelo livro informou, na campanha de lançamento de Frankenstein, que a obra contava com ilustrações feitas por IA. Nos créditos, inclusive, o designer Vicente Pessôa assina ao lado do Midjourney, ferramenta usada para criar desenhos.

“A utilização de ferramentas de inteligência artificial tem sido objeto de discussão em todo o mundo, em razão dos princípios de defesa dos direitos autorais. Considerando a nova realidade de avanços dessas novas tecnologias, a organização do prêmio esclarece que a utilização dessas novas ferramentas será objeto de discussão para as próximas edições da premiação”, encerra o comunicado da CBL.

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Por Metrópoles

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