Em meio a negociações do governo federal com partidos do Centrão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a criação de um ministério voltado a pequenas e médias empresas, cooperativas e empreendedores individuais. A pasta seria comandada por caciques do Congresso e a manobra é vista como uma aposta a fim de aumentar a base de apoio no Legislativo.

A declaração foi proferida por Lula durante uma entrevista à TV estatal. A reforma ministerial planejada pelo Executivo também prevê a inclusão do PP e do Republicanos no primeiro escalão. Com o novo ministério, a Esplanada passará dos atuais 37 órgãos para 38, podendo aumentar à medida que o governo também discute uma reforma ministerial.

As conversas com o Centrão, visando um maior espaço do grupo no governo, trouxeram consigo a ideia de que uma nova configuração de cargos se torna uma peça chave. Nos últimos dias, Lula combinou com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, que irá redefinir as pastas na Esplanada dos Ministérios. Ambos conversaram novamente nesta segunda-feira (28), durante a cerimônia que oficializou a aprovação do aumento do salário mínimo e a expansão da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR).

A partir de agora, é projetado que o Ministério do Desenvolvimento Social seja alocado ao partido Progressistas (PP), no entanto, sem abranger as responsabilidades referentes ao Bolsa Família e ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), que devem permanecer sob a supervisão do atual ministro da pasta, Wellington Dias (PT), mas em uma estrutura distinta. O PP indicou o deputado André Fufuca, representante do Maranhão, para ocupar esse cargo.

Por outro lado, é previsto que o partido Republicanos assuma o controle do Ministério de Portos e Aeroportos ou o Ministério do Esporte. O nome do deputado Silvio Costa Filho, de Pernambuco, está sendo considerado para ocupar essa função. Adicionalmente, o PP ganhará a responsabilidade pela gestão da Caixa Econômica Federal (CEF), incluindo suas 12 vice-presidências, enquanto o Republicanos assumirá a liderança da Fundação Nacional da Saúde (Funasa).

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Fonte : Conexão Politica

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