Movida (MOVI3) sai de lucro e tem prejuízo de R$ 17,9 mi no 2º tri, com aumento das despesas financeiras

São Bento em Foco
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A locadora de carros Movida (MOVI3) registrou um prejuízo líquido de R$ 17,9 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), revertendo um lucro líquido de R$ 186,8 milhões registrado no mesmo período de 2022.

Segundo a companhia, o número foi impactado pelo aumento das despesas financeiras em decorrência também da elevação das taxas de juros.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) total foi de R$ 890 milhões, uma alta de 1,7% frente o 2T22.

A receita líquida foi de R$ 2,479 bilhões no 2T23, apresentando alta de 11,1% na comparação com o 2T22. Já a receita de locação foi de R$ 1,2 bilhão, evolução de 23,1% na comparação anual, com um Ebitda de R$ 794 milhões, expandindo 13% no mesmo período.

A companhia destacou ainda que o segmento de contratos de longo prazo (GTF) continua crescendo e aumentando a representatividade nos seus resultados consolidados. No fechamento do semestre este segmento já representa 64% do lucro operacional (EBIT) versus 45% um ano atrás.

Entrando nas linhas de negócios, no 2T23 em Rent-a-Car (RAC) houve aumento sequencial da taxa de ocupação total, alcançando patamar de 70,7%. A frota total do segmento terminou o trimestre com 90 mil carros, reduzindo 8 mil no trimestre. A receita líquida do 2T23 foi de R$ 675,6 milhões, crescendo 15,5% ano a ano com diária média de R$ 123 (+7% no período) e Ebitda de R$ 381,8 milhões.

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Em Gestão e Terceirização de Frotas (GTF), a Movida fechou o 2T23 com 114 mil carros na frota total, sendo 101 mil na frota operacional representando um crescimento de 16% no último ano. A receita líquida de GTF foi de R$ 558,1 milhões com Ebitda de R$ 411,7 milhões, uma expansão de 31% ano a ano, “refletindo o trabalho de precificação de nosso portfólio e seletividade”.

Em Seminovos, houve a venda de 19 mil carros no trimestre, com preço médio de venda praticamente estável em R$ 67 mil frente ao 2T22, gerando R$ 1,2 bilhão de receita. A margem Ebitda cresceu para 7,7% no 2T23 frente a 5,9% do trimestre anterior, o que evidencia nossa política conservadora nas taxas de depreciação do imobilizado.

Nas iniciativas de gestão financeira, a Movida apontou ter feito uma mudança estrutural no portfólio de dívidas.

“No 1S23, liquidamos antecipadamente dívidas locais e do exterior, no montante de R$ 3,3 bilhões, incluindo a recompra de nossos bonds. Além disso, reduzimos a linha de fornecedores do balanço em cerca de R$ 1,3 bilhão em relação ao 4T22, resultante de um capex líquido negativo de cerca de R$ 712 milhões no semestre”, apontou.

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A dívida bruta do 2T23 somou o montante de R$ 14,0 bilhões, reduzindo R$ 1,2 bilhão em relação ao trimestre anterior após recompras e pré-pagamentos de dívidas e a recompra de bonds, que somaram R$ 3,3 bilhões em ações de gestão de passivos neste trimestre.

“As iniciativas diminuíram ainda mais as obrigações de curto prazo da companhia, melhorando o cronograma de endividamento”, apontou.

A dívida líquida finalizou o trimestre em R$ 11,4 bilhões crescendo R$ 161 milhões devido à redução do caixa pra R$ 2,6 bilhões após pagamento de carros comprados em trimestres anteriores. A posição de caixa atual cobre a dívida bruta até meados de 2025 e o prazo médio da Dívida Líquida era de 4,8 anos no 2T23. A alavancagem medida pelo indicador dívida líquida/Ebitda se manteve no 2T23 em 2,9 vezes.

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Fonte : Infomoney

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