O Ministério Público de São Paulo denunciou, nesta segunda-feira (7), três homens pelo assassinato do soldado da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Patrick Bastos Reis, em Guarujá, na Baixada Santista.

Eles também responderão por tentativa de homicídio contra outros três policiais e por tráfico de drogas. Se condenados, podem pegar até 65 anos de reclusão cada um deles.

Vídeo – Operação em Guarujá (SP): Policiais usaram câmeras em 7 das 16 mortes

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Os promotores pediram ainda, além da condenação, “a fixação de valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, inclusive a título de dano moral, tomando-se por base o valor total do prejuízo, nos termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal”.

No último final de semana, a Polícia Civil encerrou a investigação e anunciou o indiciamento de três pessoas pela morte de Patrick. O delegado Antônio Sucupira, titular da Delegacia Sede da cidade, confirmou à CNN, neste sábado (5), o envio do inquérito à Justiça para abertura de ação penal contra três indiciados por homicídio, tentativa de homicídio e associação ao tráfico.

Operação Escudo

A polícia de São Paulo lançou a operação “Escudo” após o soldado Patrick Bastos Reis ser morto por um tiro durante patrulhamento na Vila Zilda, em Guarujá. 

Na quarta-feira (2), a Polícia Civil anunciou a prisão do último suspeito de envolvimento na morte, o irmão de Erickson David da Silva, chamado pela polícia de “sniper do tráfico”, apontado como o responsável pelo disparo que matou o agente.

O ouvidor das Polícias de São Paulo, Cláudio Aparecido da Silva, registrou boletim de ocorrência por ameaças de morte e injúrias raciais recebidas via WhatsApp nesta sexta-feira (4).

Claudinho, como é conhecido, tem feito críticas à atuação de policiais no âmbito da Operação Escudo, e tem sido o porta-voz de denúncias feitas por moradores de que estariam ocorrendo violações de direitos humanos nas abordagens.

A defensora pública da União Carolina Castelliano afirmou à CNN que o número crescente de mortes de civis e militares em operações policiais indica uma ausência de técnica e inteligência na atuação das forças de segurança do estado de São Paulo.

“A Defensoria Pública da União, assim como os demais órgãos de atuação em direitos humanos, entende que cabe ao Estado sempre atuar com técnica, sempre atuar nos estreitos limites da razoabilidade e, principalmente, atuar com inteligência”, disse em entrevista à CNN.

*Com informações de Léo Lopes e João Victor Azevedo.

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Fonte : CNN BRASIL

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