A médica Claudia Soares Alves, de 42 anos, suspeita de sequestrar um bebê na maternidade do Hospital das Clínicas de Uberlândia, em Minas Gerais, pode ter sofrido um surto psicótico antes de realizar o crime. A informação foi divulgada pelo delegado Carlos Antônio Fernandes em entrevista coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (24).

“Em um primeiro momento, a suspeita informou que não tinha feito uso da medicação, teria entrado em surto psicótico e assim sequestrado a criança”, informou o delegado.

A bebê sequestrada foi localizada na cidade de Itumbiara, em Goiás, no fim da noite da última terça-feira (23). Imagens de câmeras de segurança capturaram o momento em que a mulher saiu da unidade hospital com a menor.

Segundo as investigações, usando um crachá do Hospital das Clínicas de Uberlândia, a suspeita conseguiu entrar na maternidade por volta da meia-noite. Após isso, ela pegou a recém-nascida, que estava no quarto da mãe, e saiu da instituição levando-a. Antes de deixar o local, ela foi a um banheiro e colocou a bebê em uma mochila.

Veja imagens da médica

Assim que a equipe do hospital percebeu a ausência da bebê, eles acionaram a PM, que iniciou as buscas.

“A mãe da criança não estava conseguindo amamentá-la, quando a mulher se passou por uma funcionária e conduziu o bebê para uma sala ao lado. Após um tempo, o pai da criança estranhou a demora e, nesse momento, notaram que a mulher já não estava mais no local”, afirmou mais cedo o delegado Leandro Menezes, responsável pelo caso.

A Polícia Federal Rodoviária (PRF) relatou que a suspeita do sequestro é formada em medicina em Minas Gerais. O serviço de inteligência da PRF foi acionado e o veículo foi localizado.

Em nota, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, responsável pelo Hospital das Clínicas de Uberlândia, informou que “iniciou apuração interna de todas as circunstâncias do caso e está colaborando com as investigações”.

Após localizada, a recém-nascida teve suporte médico.

Cláudia Soares Alves é médica e teve o primeiro registro no Conselho Federal de Medicina (CFM) homologado em novembro de 2004. De acordo com o órgão, ela tem especialidades em neurologia e clínica médica. Portanto, diferentemente do que teria informado, ela não é pediatra.

O currículo Lattes da suspeita informa que ela se formou em medicina em 2004 pela Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, atual Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). A CNN entrou em contato com a instituição para confirmar se a informação é verídica, mas ainda não obteve retorno.

Ainda de acordo com o currículo Lattes, Cláudia concluiu em 2011 a especialização em neurologia. Em 2023, finalizou o doutorado em medicina e ciências da saúde.

Desde 2019. Cláudia é professora nos cursos de enfermagem e medicina na Universidade Estadual de Goiás, no campus Itumbiara. A informação é confirmada no site da instituição.

*Sob supervisão

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Fonte : CNN BRASIL

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