O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Sigurd Bengtsson, que irá conduzir o julgamento do ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) no dia 1º de abril, em entrevista à coluna de Malu Gasper, de O Globo, fez um aviso: “Não vamos julgar a Lava jato”.
O magistrado afirmou que as ações são de abuso de poder econômico de um candidato.
“A questão é político-eleitoral, não tem nada a ver com a atuação na Lava jato”, garantiu em entrevista ao jornal. “Estamos julgando com a prova dos autos”.
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Chamando de “má-fé” e rebatendo as acusações de adversários do senador de que ele teria mais chances de ser cassado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do que no TRE do Paraná, Bengtsson garantiu que a corte não está sob a zona de influência de Moro.
Bengtsson destacou que a Corte é composta por dois juízes estaduais, dois desembargadores estaduais, dois juristas oriundos da classe dos advogados e uma cadeira com membro da Justiça Federal que nunca atuaram em processo da Lava Jato.
O presidente do TRE-PR rechaçou a insinuação de comprometimento de isenção da desembargadora Cláudia Cristofani, que será julgadora, depois do vazamento de uma foto dela ao lado de Moro nos anos 1990.
“Eu não vejo nenhum descrédito”, falou à coluna. “Quando tomei posse no dia 1º, eu disse publicamente que tenho confiança na desembargadora. Não tem como imaginar um descrédito só de um juiz aparecer ao lado de outro juiz.”
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Sobre um possível entrave no julgamento em caso de pedido de vista, Bengtsson explicou que, nesse caso, o atraso é de um “prazo pequeno, de uma semana, 10 dias no máximo”.
Com relação ao ataque hacker sofrido pelo canal do Tribunal no YouTube, em meio à expectativa com o julgamento, o presidente do TRE-PR amenizou ao atribuir a algo que “aconteceu em vários lugares, a nível mundial”, conforme lhe explicou o setor de informática.
Bengtsson garantiu que as precauções estão sendo tomadas para evitar que um novo ataque cibernético se repita.
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Fonte : Revista Oeste
