Mais 13 pessoas foram presas pela Polícia Militar (PM) no litoral paulista. Agora, o número de detidos na Operação Escudo chega a 160.

Dos presos no sábado (5), sete eram procuradas pela Justiça e estavam foragidas, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo.

A Operação Escudo teve início no último dia 28 em razão da morte do soldado Patrick Bastos Reis. Ele foi assassinado por criminosos quando fazia patrulhamento em uma comunidade em Guarujá (SP), cidade litorânea.

Até o momento, a operação também deixou ao menos 16 mortos, de acordo com a última atualização.

Entre os 160 presos:

  • 134 foram detidos pela PM
  • 26 pessoas foram presas por policiais civis

Segundo a SSP, “a operação segue para sufocar o tráfico de drogas e desarticular o crime organizado, que possui grande atuação na Baixada Santista”.

VÍDEO – Dois Lados: Deputados debatem ação policial em Guarujá

O que se sabe sobre o caso

  • Patrick Bastos Reis, de 30 anos, morreu na quinta-feira (27) durante uma operação na Baixada Santista, após ser atingido por um tiro à longa distância;
  • De acordo com a inteligência da polícia, o disparo que matou o soldado Reis foi feito a uma distância entre 50 e 70 metros, do alto de uma comunidade em Guarujá, na Baixada Santista. Os policiais foram atacados quando patrulhavam o bairro Vila Zilda;
  • A morte desencadeou uma grande operação policial no litoral nos últimos dias, depois de a morte do PM da Rota ter causado comoção entre os policiais. Participaram da ação 600 agentes de equipes especializadas das polícias Civil e Militar paulista;
  • Em 30 de julho, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nas redes sociais que o autor do disparo que matou Reis havia sido capturado na zona sul da capital paulista;
Mapa mostra a dinâmica das primeiras mortes durante a operação policial no litoral de SP
Mapa mostra a dinâmica das primeiras mortes durante a operação policial no litoral de SP / Arte/CNN

Tarcísio nega excesso da polícia

  • Tarcísio nega que tenha havido excessos na operação. “Não houve excesso. Houve uma atuação profissional, que resultou em prisões. E nós vamos continuar com a operação”, disse o governador em 31 de julho;

Ouvidoria vai pedir imagens das câmeras dos PMs

  • Em entrevista à CNN, o ouvidor das polícias de São Paulo, Claudio Aparecido da Silva, disse que moradores da Baixada Santista denunciaram uma abordagem violenta por parte dos policiais que atuaram na operação em Guarujá;
  • Além disso, o ouvidor declarou que irá pedir as imagens das câmeras utilizadas pelos policiais. “Tem violações físicas, psicológicas, invasões de residência sem mandado judicial, policiais encapuzados invadindo residências e uma série de outros aspectos”, acrescentou.

*Publicado por Nathan Lopes, da CNN, com informações de Carolina Figueiredo e Léo Lopes.

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Fonte : CNN BRASIL

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