Prestes a depor à CPMI do 8 de Janeiro, o delegado da Polícia Federal Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública, enfrente alguns impedimentos.

A fim de comparecer à oitiva marcada para as 9 horas manhã da terça-feira 8, Torres aguarda algumas orientações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Isso porque, enquanto ainda estava preso no Batalhão da Polícia Militar, o delegado foi impedido por Moraes de receber a visita dos senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Conforme o ministro, existe uma “conexão dos fatos apurados no inquérito contra Torres com investigações das quais os senadores fazem parte”.

Além disso, quando foi solto por Moraes, Torres foi proibido de se comunicar com os demais envolvidos no caso de sua prisão por qualquer meio.

Contudo, na CPMI, o ex-ministro da Justiça vai estar em contato com ambos os parlamentares e até mesmo deve conversar com eles — uma vez que ambos vão inquiri-los.

Torres ainda vai manter contato com o deputado federal André Fernandes (PL-CE) — investigado no mesmo inquérito sobre o 8 de janeiro.

Outro fator que preocupa a defesa do delegado da PF é uso da tornozeleira eletrônica — imposta por Moraes. A oitiva de Torres é muito aguardada pela base governista, portanto, deve durar horas.

Os advogados de Torres temem que a bateria da tornozeleira acabe e que, nesse caso, Moraes determine seu retorno à prisão.

A defesa acionou o STF na sexta-feira 4 e ainda aguarda um posicionamento do ministro em relação às orientações.

Conforme apurou Oeste, caso Moraes não retorne, não há um “plano B” para a defesa. Ainda assim, os advogados orientaram o ex-ministro a “responder às perguntas e dizer a verdade na CPMI”.

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Fonte : Revista Oeste

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