Autor da reforma econômica proposta pelo presidente da Argentina, Javier Milei, o economista Federico Sturzenegger, de 57 anos, afirmou que as mudanças estão apenas começando e novidades serão reveladas em breve, independentemente das manifestações de sindicatos e partidos de esquerda no país.

O principal conselheiro de Milei para desregulamentar a economia argentina em crise também afirmou que o governo vai enviar outro projeto de lei ao Congresso na primeira semana de janeiro para eliminar 160 regulamentações consideradas pelo presidente como “absurdas” que dificultam a atividade econômica..

Segundo Sturzenegger, as reformas econômicas buscam transformar de forma radical o país vizinho.

“É como uma reformulação da estrutura de poder econômico na Argentina”, disse o economista em entrevista ao site de notícias Bloomberg.

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Reforma econômica de Milei

O megadecreto de 300 medidas anunciado por Milei na semana passada tenta reduzir significativamente a intervenção do Estado na economia argentina.

A medida foi seguida pelo projeto de lei chamado de “lei ônibus”, que prevê mudanças em diversos setores como a política e a segurança pública.

A nova legislação faz parte da estratégia de terapia de choque de Milei, que inclui a desvalorização de 54% do peso argentino e grandes cortes de gastos —como o anúncio de redução de 5 mil vagas no funcionalismo público para alcançar um orçamento equilibrado em 2024, para reverter a crise econômica do país.

Javier Milei
O megadecreto de 300 medidas anunciado por Javier Milei na semana passada tenta reduzir a intervenção do Estado na economia argentina | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

O decreto, que entra em vigor na sexta-feira, encontrou resistência da oposição. Alguns parlamentares alegam que a medida extrapola os poderes do presidente.

Sturzenegger ressaltou que essas críticas são uma cortina de fumaça para evitar a discussão do conteúdo das reformas e disse à Bloomberg que o decreto é uma aposta “tudo ou nada” porque o Congresso pode rejeitá-lo, mas não modificá-lo.

Milei conta com o fato de que o Congresso não rejeitou nenhum dos decretos de seus antecessores imediatos. Porém, a luta política será no início do próximo ano.

No dia 24 de janeiro, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), maior central sindical do país e ligada à oposição peronista, fará uma greve nacional para protestar contra as medidas.

Essa é a paralisação geral mais próxima do início do governo de um presidente argentino nos últimos 40 anos de democracia.

Sturzenegger declarou que espera que os parlamentares aprovem o projeto de lei antes de março.

O economista está confiante de que, em longo prazo, as reformas vão facilitar os negócios e estimular a atividade em vários setores da economia.

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Fonte : Revista Oeste

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