O deputado Maurício Marcon (Podemos-RS) criticou o ritmo da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, presidida pelo deputado Arthur Maia (União-BA). Marcon afirmou que a comissão não está avançando na investigação sobre os atos de 8 de janeiro de 2023, comparando-o ao papel de um “pizzaiolo” na CPMI. Em resposta, Maia afirmou que tem se empenhado em assegurar um tratamento justo na comissão, mas também ameaçou adotar uma nova estratégia e submeter à votação todos os cerca de 800 requerimentos apresentados até o momento, de uma vez só.

Arthur Maia tem conduzido discussões com parlamentares de diferentes lados, tanto do governo quanto da oposição, para decidir de maneira equilibrada quais requerimentos serão levados à CPMI. Essa abordagem foi implementada para garantir que solicitações da oposição também tivessem oportunidade de ser aprovadas.

No entanto, o deputado Marcon criticou a atuação de Maia. Ele afirmou: “Presidente, vou lhe advertir, o senhor ficará conhecido como o ‘pizzaiolo’ desta pizza que está sendo preparada nesta CPMI. Seu nome, presidente, entrará para a história como aquele que foi o ‘pizzaiolo’ de uma pizza aqui na CPMI, porque o senhor tem o poder de solicitar buscas e apreensões no Ministério da Justiça e Segurança Pública e de acessar as imagens que esta CPMI, de forma democrática, aprovou há mais de um mês”, disse Marcon.

Maia explicou que, no começo dos trabalhos da comissão, o governo rejeitou todos os requerimentos apresentados pela oposição. Ele afirmou que, do ponto de vista numérico, a oposição tem menos chances de ter seus requerimentos aprovados.  “Nenhum requerimento da oposição será aprovado porque, como já mencionei, do ponto de vista numérico, há três membros do governo para cada membro da oposição”, explicou o deputado.

“Se esta CPMI tem mantido uma postura equitativa e trazido depoimentos da oposição, como o de Gonçalves Dias, representante da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), e o fotógrafo da Reuters, isso se deve à atuação desta presidência. No entanto, se assim desejarem, não há problema. Neste momento, estou buscando chegar a um acordo dentro da CPMI. No entanto, se excelências preferirem, posso retirar-me do acordo e levar todos os 800 ou 600 requerimentos que estão aqui para a próxima reunião. O resultado será o resultado da CPMI. Não utilizem essa expressão de ‘pizzaiolo’, pois levo a sério minha responsabilidade”, ameaçou Maia.


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Fonte : Gazeta do Brasil

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