Uma nova peça está prestes a se encaixar no tabuleiro eleitoral do Rio de Janeiro. O deputado estadual Rodrigo Amorim deve deixar o PRD — resultado da fusão entre Patriota e PTB, partido pelo o qual foi eleito para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em 2022 — e migrar para o União Brasil com um objetivo principal: ser candidato a prefeito da capital fluminense.

Acontece que os próprios aliados entendem que a eleição deve realmente ficar polarizada entre o atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), respectivamente apoiados por Lula (PT) e Bolsonaro (PL).

A entrada de Amorim na corrida, no entanto, tem sido vista com bons olhos pelo PL, segundo interlocutores do partido ouvidos pela CNN. É que o deputado faria, segundo eles, um papel de preposto de Ramagem, pegando mais pesado nos ataques a Paes e poupando o delegado Ramagem de fazer esse enfrentamento mais agressivo.

A agressividade não é força de expressão. Em suas redes sociais, Amorim já disse que Paes tem uma “milícia do colete azul” se referindo aos agentes da guarda civil, que ele tem “incompetência” e “má fé”, que “profana a fé cristã”. Em outra postagem disse: “Esse é o Rio de Eduardo Paes. Submerso, atolado, preso a uma administração preguiçosa”.

Irmão do deputado estadual, o vereador Rogério Amorim, líder do PL na Câmara Municipal, disse que há grandes chances de o irmão sair candidato pelo União Brasil no que chamou de “jogada ensaiada” e disse que não pretende apoiar o próprio irmão.

“Essa possibilidade existe sim, é de 70%. Mas isso só aconteceria numa jogada ensaiada, numa configuração que favorecesse a vitória contra o Eduardo Paes. Mas, nesse cenário, como líder do PL na Câmara, meu apoio continuaria sendo ao Ramagem”, afirmou o vereador.

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Fonte : CNN BRASIL

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