O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador repudiou o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, na capital Quito, nesta quarta-feira (9).

Em publicação nas redes sociais, o órgão eleitoral disse que os atos de violência que o país vive afetam o pleito e a democracia.

O Conselho Nacional Eleitoral repudia os atos de violência que o país vive, que maculam o desenvolvimento das eleições e a democracia, e manifesta pesar pelo falecimento do candidato presidencial. Paz em seu túmulo”, escreveu o CNE na rede X, antigo Twitter.

O CNE é o órgão dirigente do Poder Eleitoral no país, sendo responsável pela transparência dos processos eleitorais e referendos. No Brasil, seria equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela responsabilidade em garantir eleições limpas e democráticas.

Em uma imagem publicada em conjunto, o órgão expressou seu lamento aos familiares e amigos da vítima. O perfil oficial na rede alterou a foto principal, trocando as cores do país pelo preto e branco, acompanhado de uma fita preta que representa o luto.

Assassinato

Villavicencio deixava um comício político realizado no Anderson College, em Quito, quando, já dentro do carro, foi baleado várias vezes.

Villavicencio, do El Movimiento Construye, era um dos principais candidatos à Presidência do Equador. Nas pesquisas de opinião, ele oscilava entre a segunda e a quinta colocação.

As avaliações de tendências eleitorais do país são deficientes em comparação a de outros países da América do Sul, como Argentina, Uruguai e Brasil, que possuem institutos com maiores índices de acerto.

Em junho, segundo o Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag), Villavicencio estava em quarto lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Luisa González, do partido Revolução Cidadã (30%); Otto Sonnenholzner, da aliança “Vamos Agir” (13%); e Yaku Pérez, da coligação “Claro que é possível” (11%).

Em 20 de julho, a Cedatos, empresa de pesquisa aprovada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, apontou que Villavicencio estava em segundo, com 13,2%, atrás apenas de Gonzáles (26,6%) e à frente de Pérez (12,5%) e Sonnenholzner (7,5%).

A eleição presidencial

A eleição presidencial do Equador está marcada para ocorrer em menos de 15 dias, no domingo (20), de forma antecipada.

A antecipação foi feita depois que o presidente Guillermo Lasso decretou a chamada “morte cruzada”, dissolução da Assembleia Nacional, reduzindo o tempo de seu próprio mandato.

Após o assassinato, os principais postulantes à Presidência do Equador se pronunciaram nas redes sociais — alguns informaram a suspensão de suas campanhas. Eles também lamentaram o ocorrido e pediram apuração do crime.

*Com informações de Fábio Mendes, da CNN


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Fonte : CNN BRASIL

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