A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira, 9, a Operação Nirmata no Estado do Amazonas para identificar os envolvidos na difamação do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), com uso da inteligência artificial (IA) para criar deepfake — técnica que usa a IA para trocar o rosto de pessoas em gravações e manipular falas.

A PF apura a criação de áudios falsos de prefeitos que pretendem tentar a reeleição. Ao todo, a polícia cumpre nove mandados de busca e apreensão contra três empresas de publicidade, um designer, sócios das empresas e duas pessoas que compartilharam fake news.

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O deepfake imita o tom de voz, o timbre e, até mesmo, o jeito de alguém falar, de forma artificial. Desse modo, ao receber um áudio pelo WhatsApp, o eleitor reconhece a voz do candidato e acredita que ele disse algo que, de fato, ele não disse.

O prefeito de Manaus denunciou à PF ter sido alvo de deepfake no final de 2023. No áudio atribuído a Almeida, a voz diz que os professores da rede municipal de ensino são “vagabundos” e que os servidores “querem um dinheirinho de mão beijada”.

O caso é tratado como um “laboratório” pela PF, que enxergou suspeitas de crime eleitoral e assumiu as investigações. O objetivo é usar o caso como modelo para eventuais situações futuras relacionadas as eleições municipais de 2024.

Instaurado em 22 de janeiro, o inquérito já possui o depoimento de dois suspeitos. Além disso, foi realizada uma perícia no arquivo digital que confirmou a adulteração no áudio.

Mais cedo, a PF apreendeu computadores e intimou dois suspeitos a depor na Superintendência da PF. Como mostrou Oeste, a regulamentação da IA é uma das prioridades da Casa neste ano. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a Casa vai votar um projeto sobre o assunto até abril.

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Fonte : Revista Oeste

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