Patricia Bullrich é uma das pré-candidatas à Presidência da Argentina pela coligação Juntos Pela Mudança. Nas primárias do domingo (13), ela disputará o direito de concorrer à Casa Rosada com o prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta.

A pré-candidata nasceu em 1956, em Buenos Aires, em uma tradicional família aristocrática argentina, a Luro Pueyrredón, e rompeu com a posição política radical de sua linhagem já na adolescência.

Filha de Alejandro Bullrich e Julieta Luro Pueyrredón, tem antepassados ​​emblemáticos como Juan Martín de Pueyrredón, diretor supremo das províncias do Rio da Prata, e Honorio Pueyrredón, ministro do governo de Hipólito Yrigoyen.

Mas Patricia Bullrich não só tem uma linhagem ilustre, como também tem alguns de seus parentes conhecidos no meio artístico e político argentino.

Adolescência e militância de Bullrich

“Acho que minha avó se enganou, porque se ela tivesse me levado para a Juventude Radical, por ali, eu seguiria por esse caminho. Mas claro, Balbín — líder da União Cívica Radical — para mim naquela época era um grande e velho cavalheiro. Saí com medo e fui para o outro lado”. Foi assim que a própria Patrícia declarou ao FiloNews sobre seu início na política.

Sua avó era filha de Honorio Pueyrredón — outro líder radical — e pelas palavras da própria pré-candidata, talvez ela tenha sido a responsável pela mudança do rumo político familiar da adolescente e seu interesse pelo peronismo.

Sua juventude foi marcada pela militância na Juventude Peronista (JP) e pela proximidade com Rodolfo Galimberti, líder dos Montoneros (guerrilha urbana de esquerda), casado com sua irmã Julieta.

Esses anos de sua vida foram marcados pela JP, o retorno de Perón, o posterior exílio, a morte de sua irmã na França e uma associação com Montoneros que perdura, devido ao relacionamento com seu cunhado Galimberti, ainda que ela negue.

Vida fora da polícia

Nem tudo foi político na adolescência. A agora representante da ala mais dura do Juntos pela Mudança teve seu tempo de recitais e rock. Fabiana Cantilo, conhecida cantora de rock na Argentina, é prima da candidata porque suas mães eram irmãs.

Quando Mirtha Legrand, em seu programa de TV Almoçando com Mirtha Legrand, perguntou à artista sobre sua primeira vez em um recital de rock, Fabiana não hesitou em afirmar que foi Bullrich quem a incentivou a ir ao seu primeiro show: “Minha prima ‘Pato’ que me falou ‘você gosta de música progressiva, Fabi?’”.

O show foi do Pescado Rabioso, banda de Luis Spinetta, e foi a primeira aproximação de Cantilo ao rock progressivo. As primas, segundo Fabiana em nota ao La Nación em 1997, têm uma relação fraterna. “Ela jogava cartas e cavalgava loucamente. Ela estava meio zarpada, era incentivada a fazer tudo”, descreve Fabiana Patrícia, relembrando momentos das primas adolescentes.

Cruzamento público com outro primo, Esteban

Outro de seus parentes com atividade política na Argentina é seu primo de segundo grau Esteban Bullrich, ex-senador nacional — que, apesar de pertencer ao mesmo campo político, não hesitou em sair para enfrentar a agora pré-candidata.

Quando Horacio Rodríguez Larreta se lançou como candidato presidencial, Patricia Bullrich, que na época também aspirava à candidatura, postou um tweet no qual criticava o perfil de diálogo do chefe do governo municipal.

“Não há lugar para dialogar com aqueles que fazem parte do problema e aprofundam a decadência de nosso país ou por respostas mornas à triste realidade que os argentinos sofrem.”

A resposta pública de Esteban à prima foi contundente: “Não vamos cair na armadilha”.

“É preciso mais coragem para falar com alguém que pensa diferente do que insultá-lo”, afirmou o primo.

Torcedora do Independiente

A convicção política não é a única rivalidade que Patricia mantém com Horacio Rodríguez Larreta, com quem disputa a candidatura presidencial. O futebol também os coloca em caminhos opostos.

Enquanto o atual prefeito de Buenos Aires e pré-candidato a presidente é um conhecido torcedor do Racing, Bullrich veste as cores vermelhas do outro clube de Avellaneda e histórico rival: o Independiente.

Embora nunca tenha participado ativamente da vida política do clube, ela se manifestou publicamente em algumas ocasiões importantes da vida do Independiente.

Além disso, Néstor Grindetti, pré-candidato a governador da província de Buenos Aires indicado por Bullrich nas prévias é hoje presidente do clube. E, quando sua chapa com Fabián Doman venceu as eleições, Bullrich publicou um tweet comemorando.

“Tchau Moyano. Acabou a turba e a máfia no Independiente”, aludindo ao sindicalista Hugo Moyano que estava deixando o cargo.

Em outro de seus tweets, ela elogiou a gestão de Grindetti à frente do clube e postou uma foto de sua carteira de sócio. Também no meio da campanha, ela pôde ser vista cantando junto com Grindetti “Sou do Vermelho” no TikTok.

Veja também — O papel do Brasil na solução da crise argentina

data-youtube-width=”500px” data-youtube-height=”281px” data-youtube-ui=”internacional” data-youtube-play=”” data-youtube-mute=”0″ data-youtube-id=”elIbKD-PWko”

 

source
Fonte : CNN BRASIL

Ouça a Rádio Piranhas FMRádio Piranhas FM pelo RadiosNet. #OuvirRadio