O candidato à reeleição para a prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes, comentou em entrevista no Paulo Figueiredo Show sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que ele considera um parceiro estratégico para enfrentar a esquerda nas próximas eleições. Segundo Nunes, seu primeiro encontro com Bolsonaro ocorreu em julho de 2021, quando foi convidado pelo então presidente para uma reunião em Brasília. Durante o encontro, eles discutiram e costuraram um acordo sobre a dívida da cidade de São Paulo, que foi posteriormente efetivado. A partir desse momento, os dois mantiveram uma série de reuniões e encontros.

Nunes destacou que tanto ele quanto Bolsonaro têm o grande desafio de derrotar a extrema esquerda no cenário político. Ele relembrou a situação das eleições de 2020, quando o PSB e o PT apresentaram seus candidatos e formaram uma aliança com o PSOL. Diante desse contexto, Nunes afirmou a Bolsonaro que “não podemos dar bobeira e entregar a maior cidade do Brasil para a esquerda”. Esse diálogo foi fundamental para a construção de sua candidatura com o apoio do PL, partido de Bolsonaro.

Nunes também explicou: “Gente, não podia dar bobeira. Nós não podemos e não vamos entregar a maior cidade do Brasil para a esquerda. Eu sempre fui falando: ‘Presidente, está aqui as pesquisas. A gente tá fazendo pesquisa, a gente tá olhando, e a gente não pode entregar a cidade para a extrema esquerda.’ Esse diálogo foi acontecendo.”

Ele ressaltou que o apoio de Bolsonaro não foi algo impositivo, mas sim uma construção conjunta, baseada em conversas e pesquisas internas. O ex-presidente teve um papel importante na escolha do vice-prefeito na chapa de Nunes, com base na grande coligação que formaram, onde havia cinco candidatos possíveis para o cargo. O ponto decisivo foi a escolha do Coronel Mello como vice, considerando sua gestão no Ceagesp e sua postura em relação à segurança pública, um tema prioritário para a maioria dos eleitores paulistanos.

Sobre sua postura em relação a temas polêmicos, Nunes afirmou: “Eu sou uma pessoa que sou contra as drogas, contrário à flexibilização do uso de drogas. Inclusive, me posicionei escrevendo artigos nos grandes jornais de São Paulo contra isso. Eu sou pró-vida, desde a concepção, contra o aborto. Sou cristão, católico praticante, vou à missa todos os domingos.”

Ainda na entrevista, Nunes rebateu uma matéria que o acusava de ter se mantido neutro na eleição presidencial de 2022, apoiando apenas a candidatura de Tarcísio de Freitas para governador. Ele esclareceu que, na época, o MDB, seu partido, deixou explícito que o apoio a Tarcísio era uma decisão oficial para o governo estadual, mas que a escolha presidencial era livre para cada membro. Nunes reafirmou que, pessoalmente, seu apoio foi direcionado a Bolsonaro na eleição para a presidência: “Eu optei por apoiar o presidente Bolsonaro. Tinha outras pessoas do MDB que apoiaram outro candidato, mas o meu posicionamento foi claro, eu fiz campanha oficialmente.”

Nunes finalizou reforçando a importância de sua parceria com Bolsonaro e o grande desafio de enfrentar a extrema esquerda, que, segundo ele, é apoiada pelo presidente Lula e pelo PT. Ele reiterou seu compromisso em continuar a defender os valores que ambos compartilham: “A gente tinha e temos hoje ainda um grande desafio, que é derrotar a extrema esquerda.”

Ao final, Ricardo Nunes foi questionado sobre seu apoio à candidatura de Jair Bolsonaro para 2026, caso o ex-presidente se torne elegível. Ele foi enfático ao declarar sua lealdade:

“Óbvio, com certeza. Até porque eu sou uma pessoa muito grata aos apoios que eu recebo. Eu tenho hoje, evidentemente, o apoio do presidente Jair Bolsonaro e o apoio do governador Tarcísio. O presidente Jair Bolsonaro se tornando elegível, com certeza absoluta eu faço questão de falar, porque você sempre tem ruído, né? Sempre tem ruído. Com certeza eu irei apoiar o presidente Jair Bolsonaro, assim como irei apoiar o governador Tarcísio de Freitas. E nesse tópico, eu gosto dessa questão de fidelidade.”

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Fonte:
Paulo Figueiredo

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