Novas imagens mostram o motoboy Leandro Peres Ferreira, 46 anos, suspeito de matar a ex-companheira Valderia da Silva Barbosa, aos 46, dentro do condomínio onde o crime aconteceu, em Arniqueira, na tarde desta sexta-feira (11/8). A mulher era policial civil e trabalhava na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2. O caso é o 23º feminicídio registrado na capital federal neste ano.

O corpo da vítima foi encontrado pelo filho, por volta das 12h30, no banheiro de casa. Valderia atuava como chefe da Seção de Apoio Administrativo, Estatística e Informática da Deam 2, em Ceilândia. Ela estava recém-separada de Leandro Peres, que fugiu após o crime.

O filho de Valderia disse, em depoimento, que a última vez que se comunicou com a mãe foi por volta das 10h30 desta sexta, quando a policial disse que estava voltando para casa. No momento em que chegou ao endereço dela, o jovem chamou pela mãe, como de costume. No entanto, não recebeu resposta e teve um “mau pressentimento”.


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As gravações indicam que a filmagem foi feita às 11h30, porém ainda não é possível apontar com exatidão do horário corretamente, pois existe a possibilidade de as câmeras estarem atrasadas. Nas imagens, o suspeito anda até um Ford Fiesta vermelho, entra no veículo e vai embora. Ele carrega consigo uma mochila. O mesmo carro foi encontrado, horas depois, estacionado em frente ao prédio onde ele morava desde que havia deixado a casa da ex-mulher.

Veja o vídeo:

Equipes do Departamento de Polícia Especializada (DPE) estão à procura do suspeito. Leandro já trabalhou como motoboy e tinha aberto uma empresa de transportes e mudanças com a companheira. A sede do negócio ficava no mesmo local onde a vítima morava.

Antes de cometer o crime, o empresário teria sacado R$ 10 mil e deixado uma mala pronta com roupas e objetos pessoais na casa de Valderia.

Outros registros de câmeras de segurança mostram quando o foragido sai do prédio onde mora a mãe dele, por volta das 12h15.

Veja:

Filho encontrou a mãe morta

O filho da vítima relatou que correu ao quarto de Valderia, mas encontrou a porta fechada. Ele deu a volta na casa e foi à janela do cômodo, por onde pulou e conseguiu entrar. Nesse momento, viu o corpo da mãe caído no chão do banheiro.

A vítima estava vestida e apresentava um corte profundo no pescoço, com bastante sangue ao redor, segundo o rapaz relatou à PCDF. Ele também viu outros ferimentos no corpo da vítima, mas contou que não teve coragem de olhar mais.


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O filho de Valderia afirmou à polícia ter convicção de que o padrasto seria autor do crime. O jovem relatou que a vítima e o ex-companheiro dela estavam em processo recente de separação. O suspeito tinha se mudado da casa da policial havia um mês.

Dados preocupantes

De janeiro último até esta sexta-feira (11/8), o número de casos de feminicídios no Distrito Federal chegou a 23 e ultrapassou os registros de todo o ano passado (17).

Dados da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) revelam que a maioria dos crimes (14) ocorreu na casa das vítimas.

As armas brancas foram os instrumentos mais usados pelos agressores para cometer os assassinatos, em seguida vêm as armas de fogo e asfixia.

Em 2023, janeiro foi o mês que acumulou mais casos, com cinco ocorrências. Os dados também detalham que Ceilândia aparece como a região administrativa com mais registros na capital federal.

De 2015 – ano de criação da lei que tipifica o feminicídio como qualificadora do crime de homicídio – até 2023, o Distrito Federal registrou 165 casos do tipo.

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Por Metrópoles

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