O programa Olho Vivo desta sexta-feira (06) recebeu os irmãos Bertrand Lira e Soia Lira que estão em Cajazeiras para a 5ª edição do Cine Açude Grande, Festival de Cinema que acontece as margens do Açude Grande na Praça do Leblon.

Os dois cajazeirenses são artistas renomados na Paraíba e em todo Brasil, já foram homenageados no festival junto com os outros dois irmãos, Nanêgo e Buda Lira, e nesta edição fazem parte da programação. Eles falaram sobre a visita à terra natal e da participação no festival.

“É uma honra, um prazer estar de volta a Cajazeiras, essa terra tão querida, tão amada. Está acontecendo esse grande evento, que é Cine Açude Grande, e esse ano eu vim com Zezita Matos que é outra atriz do filme Pacarrete, do Allan Deberton, estreamos ontem aqui em Cajazeiras para um grupo de estudantes e foi maravilhoso. Foi lindo a exibição, o debate”, disse Soia.

“O Cine Açude grande é uma iniciativa muito boa, um festival de cinema, é uma janela muito boa para levar as pessoas da cidade. A gente já teve três cinemas e hoje a gente não tem nenhum. O poder público tem que pensar nessa possibilidade concreta de abrir um cinema público, como a gente tem no espaço cultural, Cine Bangüê [em João pessoa”, ressaltou Bertrand.

Soia e Bertrand Lira (Foto: Diário do Sertão)

O cineasta cajazeirense frisou a importância da retomada dos cinemas em Cajazeiras e do papel fundamental que o Cine Açude Grande vem fazendo na cidade com oficinas, rodas de conversa, exibição de filmes e muito mais.

O Sertão paraibano vem se destacando na produção audiovisual e Bertrand fala sobre essa crescente e os desafios enfrentando no início da carreira.

“Isso já vem de uma política de alguns anos atrás de decentralizar a produção. Era inimaginável a gente fazer cinema, eu fiz desde os 18, 20 anos em João Pessoa porque teve um convênio com a França e eu na universidade como estudante participei desse convênio. Mas era uma coisa impossível. Hoje a gente vê, Cajazeiras está produzindo filmes, tem cineastas cajazeirenses fazendo filmes, a Paraíba toda, e uma produção enorme de curtas e longas metragem. O interessante disso é que a gente deixa de estar subserviente a produções do Sul e Sudeste e também de Hollywood”, disse.

Durante a entrevistas eles falaram ainda, sobre a regressão de Cajazeiras que já teve quatro cinemas e hoje não possui nenhuma sala de exibição e, sendo parte de uma leva de artistas cajazeirenses que ganharam notoriedade no Brasil, Soia e Bertrand falam do surgimento de novos talentos na cidade.

“Eu sempre venho aqui [em Cajazeiras] mostrar nossos trabalhos, incentivar essa galera toda, que eu tenho certeza que tem gente aí escondido com talento que a gente tem que descobrir e jogar no mundo”, pontuou a atriz Soia Lira.

Confira a programação do V Cine Açude Grande:

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Diário do Sertão

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