Amanda está em prisão domiciliar por estar amamentando a filha, uma bebê de quatro meses, enquanto Jannyne está no presídio Júlia Maranhão, em João Pessoa

Jannyne Dantas e Amanda Duarte Caso Padre Zé
(Foto: Reprodução)

A defesa de Amanda Duarte e Jannyne Dantas, citadas no processo que investiga o desvio de recursos públicos do Hospital Padre Zé, afirmou que entrou com um pedido para contestar o pedido de prisão preventiva.

Amanda está em prisão domiciliar por estar amamentando a filha, uma bebê de quatro meses, enquanto Jannyne está no presídio Júlia Maranhão, em João Pessoa.

Em entrevista a uma emissora de rádio da capital, o advogado Diego Wallace explicou a medida:

Protocolamos este fim de semana os embargos contestando a fundamentação desse decreto de preventiva, pelo fato de que ele se fundamentou, equivocadamente, em um print de conversa de WhatsApp onde elas, devido ao Samuel Cunha, que tinha sido afastado, ainda possuir as senhas de acesso do hospital, inclusive os acessos remotos. Então, a decisão se baseou na ocultação de provas por parte delas, com base nessa conversa, o que não é verdade

Diego Wallace, advogado de defesa de Amanda Duarte e Jannyne Dantas

Diego também explicou que Jannyne não tinha ingerência sobre as finanças do hospital – esta função ficava a cargo de Amanda.

Ele também detalhou que a própria Amanda afirmou que “só fazia o que ele (Padre Egídio) mandava” e questionou por inúmeras vezes, mas o sacerdote falava que ela não se preocupasse e que todas as contas seriam aprovadas.

“Ela era uma menina de 18 anos de idade quando foi colocada na Tesouraria. É uma função incompatível até com a maturidade dela. Antes disso, ela e Jannyne eram da paróquia, então para elas, ele (o padre) também era um líder religioso”, pontuou o advogado.

Mais pessoas envolvidas

Diego também levantou a suspeita de que mais pessoas, que não foram citadas ainda nesta investigação, estariam envolvidas no esquema de desvios de recursos públicos.

Uma delas seria responsável por cuidar das demandas particulares do padre, como a compra de imóveis, mobiliário e insumos para cada local.

“Todas as atividades de cunho pessoal do padre eram tratadas por uma funcionária da ASA (Ação Social Arquidiocesana). Inclusive, é a funcionária a que se refere aquela primeira denúncia, que ela saiu com R$ 600 mil para fazer um determinado pagamento”, apontou o advogado.

Arquidiocese nega que aprovou contas

A Arquidiocese da Paraíba afirmou, em nota, que um documento divulgado por alguns meios de comunicação sobre uma suposta a aprovação de contas do Hospital Padre Zé pela Ação Social Arquidiocesana, na verdade se refere a uma assembleia para apresentar projetos em andamento. Leia abaixo:

“A Arquidiocese da Paraíba vem a público esclarecer informações que circulam nos meios de comunicação, especialmente relacionadas à aprovação de contas do Hospital Padre Zé.

O documento divulgado refere-se à ata de uma assembleia realizada pela Ação Social Arquidiocesana. Nessa assembleia, foram apresentados os projetos em andamento, através de explanações feitas pelo Secretário Executivo e pela Contadora da instituição, à época.

É importante destacar que a referida assembleia não tratou de prestações de contas do Hospital Padre Zé.

A Arquidiocese da Paraíba reafirma seu compromisso com a transparência e a responsabilidade na gestão de suas atividades e está à disposição para esclarecimentos adicionais, visando a compreensão correta dos fatos por parte da comunidade e da sociedade em geral.

Atenciosamente,

Newton Marcelo Paulino de Lima, Elias Belarmino de Araújo Júnior

Assessoria Jurídica”

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Fonte : Portal Correio

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