taxa de juros do cartão de crédito rotativo ficou em 434,4% ao ano em novembro de 2023, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (4/1) pelo Banco Central (BC). Trata-se do menor nível desde março do ano passado.

Ainda de acordo com o BC, o rotativo do cartão registrou, em novembro, sua maior oferta desde o início da série histórica, em 2011, com a concessão de R$ 32,9 bilhões.

O rotativo do cartão de crédito é uma linha de crédito pré-aprovada no cartão. Ela é acionada por quem não pode pagar o valor total da fatura na data de vencimento. Em caso de inadimplência do cliente, o banco deve parcelar o saldo devedor ou oferecer outra forma de quitação da dívida, em condições mais vantajosas, em um prazo de 30 dias.

Segundo especialistas, o rotativo do cartão é a linha de crédito mais cara do mercado e deve ser evitada. De acordo com dados do BC, o rotativo do cartão de crédito é a linha com o maior nível de inadimplência.

Outras taxas

De acordo com o BC, a taxa de juros total do cartão de crédito recuou de 97,8%, em outubro, para 91,2%, em novembro.

No cheque especial, os juros cobrados foram de 132,7%, ante 131,4% do mês anterior.

A taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas recuou de 42,6% para 41,8% ao ano. É o menor patamar desde setembro de 2022 (40,5% ao ano).

Novas regras para o rotativo estão valendo

Com a entrada em vigor do teto para os juros cobrados no cartão de crédito rotativo, consumidores têm se questionado como serão impactados. A limitação, que começou a valer na quarta-feira (3/1), estipula que o juro acumulado não pode exceder o valor original da dívida.

Com a nova regra, o valor total cobrado nos juros dos cartões de crédito rotativos não poderá exceder o valor original da dívida. Por exemplo, se R$ 1 mil entram no rotativo, o banco poderá cobrar, no total, outros R$ 1 mil em juros e encargos. A regra é aplicada para débitos realizados a partir de janeiro deste ano.

O embate entre o varejo, de um lado, e bancos e empresas de maquininha, de outro, se arrastou por cerca de oito meses, sem que se chegasse a um consenso entre as partes envolvidas. Diante do impasse, e na ausência de autorregulação por parte das instituições financeiras, em sua última reunião de 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) regulou o que estava previsto na Lei do Desenrola – sancionada pelo presidente da República em outubro – e aplicou a limitação.

O CMN reúne BC, Ministério da Fazenda e Ministério do Planejamento.

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Por Metrópoles

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