A Polícia Federal (PF) negou na noite desta terça-feira, 23, que haja um segundo acordo oficial de delação premiada no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Segundo a corporação, até o momento, ocorreu uma única delação na apuração do caso, devidamente homologada pelo Poder Judiciário.

Em nota, a PF afirmou que as investigações seguem em sigilo e sem data prevista para encerramento. 

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“Ao longo desse período, a Polícia Federal trabalhou em parceria com outros órgãos, notadamente o Ministério Público, com critérios técnicos e o necessário sigilo das diligências realizadas”, afirmou. “Até o momento, ocorreu uma única delação na apuração do caso, devidamente homologada pelo Poder Judiciário. As investigações seguem em sigilo, sem data prevista para seu encerramento.”

A PF ainda destacou que a “repercussão de informações que não condizem com a realidade compromete o trabalho investigativo e expõe cidadãos”. 

A delação mencionada na nota é a do ex-policial militar Élcio de Queiroz, que confessou dirigir o carro usado no crime. O depoimento se tornou público em julho de 2023.

Delação no caso Marielle e Anderson

Alexandre Garcia
Marielle Franco morreu em 14 de março de 2018 | Foto: Divulgação/Instituto Marielle Franco

A nota da Polícia Federal foi emitida depois de uma reportagem do jornal O Globo afirmar que Ronnie Lessa, acusado de matar a ex-vereadora e o motorista, havia fechado um acordo de delação com a corporação. 

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Segundo a imprensa, Lessa delatou Domingos Brazão, ex-deputado estadual pelo Rio de Janeiro, como mandante do crime.

Em entrevista ao portal Metrópoles na terça-feira, Brazão ironizou o fato de que, mais uma vez, seu nome seja citado no noticiário como um suposto envolvido no crime. Ele disse que “nos últimos tempos, o Rio está vendo um enorme número de milicianos sendo presos” e que nuca teve nenhum envolvimento com esse tipo de crime.

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Fonte : Revista Oeste

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