Apagão cibernético afeta bancos no Brasil

• Banco do Brasil;
• Banco Pan;
• Bradesco;
• Neon;
• Next.

O Downdetector coleta notificações sobre a situação dos serviços de várias fontes, como posts e comentários no X (ex-Twitter). “Através de uma análise destes dados em tempo real, nosso sistema é capaz de determinar automaticamente falhas e interrupções de serviço ainda em estágio bem inicial”, explica o site da plataforma. Oscilações nas notificações sobre os serviços são sinais de alerta para o monitoramento.

Contudo, algumas instituições financeiras listadas, como o Banco Central e o Banco do Brasil, informaram que seus sistemas não foram afetados pelo apagão e estão funcionando normalmente (leia as notas abaixo).

Os problemas são causados por um apagão cibernético que está afetando serviços ao redor do mundo. Além de prejudicar sistemas bancários, a falha já provocou atrasos e cancelamentos de voos e interrupções em serviços de comunicação, entre outros.

A falha está ligada a uma atualização de um produto da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, que apresentou incompatibilidades com versões mais antigas de sistemas operacionais da Microsoft.

No Brasil, clientes dos bancos estão usando as redes sociais para reclamar. O termo “Microsoft” é o mais citado no X (ex-Twitter) na manhã desta sexta-feira (19).

Em nota, o Banco Central afirmou que “os sistemas do Banco Central estão funcionando normalmente”, apesar do aumento de notificações registrado pelo Downdetector.

O Banco do Brasil também emitiu uma nota: “O Banco do Brasil informa que seus canais de atendimento funcionam normalmente”. No entanto, ao acessar o site de monitoramento, observa-se um aumento nos relatos de problemas pelos usuários.

O Bradesco e seu banco digital Next confirmaram que estão enfrentando instabilidades, embora os terminais de atendimento funcionem normalmente.

O Itaú declarou que não detectou problemas: “O Itaú Unibanco informa que os serviços do banco seguem funcionando para seus clientes, que podem realizar operações financeiras normalmente.”

O problema foi causado por uma atualização da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, que apresentou falhas de compatibilidade com versões mais antigas de sistemas operacionais da Microsoft.

George Kurtz, CEO da CrowdStrike, explicou no X (ex-Twitter) que a empresa está “trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts Windows”. Ele ressaltou que os sistemas operacionais da Apple e Linux não foram afetados.

“Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada”, escreveu Kurtz.

A Microsoft anunciou no X (ex-Twitter) que está “investigando um problema que afeta a capacidade dos usuários de acessar vários aplicativos e serviços do Microsoft 365”.

Para mitigar o impacto, a empresa está redirecionando o tráfego “para sistemas alternativos” e afirmou que “vários serviços continuam registrando melhorias na disponibilidade à medida que as nossas ações de mitigação progridem”.

Além do Brasil, serviços bancários foram afetados na África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. No Reino Unido, o canal Sky News ficou fora do ar devido a dificuldades nas transmissões ao vivo.

Companhias aéreas ao redor do mundo também enfrentaram problemas para realizar check-in e embarque de passageiros. Nos EUA, American Airlines, United e Delta estão atrasando seus voos até que o problema seja resolvido. Problemas técnicos também foram reportados em grandes aeroportos da Europa e da Ásia.