As postagens nas redes sociais de Ryan Routh, o homem acusado de tentar assassinar Donald Trump, revelam um padrão comum entre extremistas que se veem como “defensores da democracia”. Assim como Alexandre de Moraes, que se posicionou como um “herói” ao enfrentar Jair Bolsonaro, Routh parecia acreditar que seu ato violento estava de alguma forma justificado em nome da “proteção da democracia”.

Em suas contas nas redes sociais, Routh frequentemente fazia comentários radicais e mostrava sua lealdade à Ucrânia e sua oposição feroz a Trump. Ele descrevia Trump como uma “ameaça à democracia”, ecoando narrativas populares entre certos grupos da esquerda. Em uma de suas postagens direcionadas ao presidente Joe Biden, ele sugeriu que a campanha de Biden deveria ser chamada de KADAF, um acrônimo para “Keep America Democratic and Free” (Mantenha a América Democrática e Livre).

Além disso, ele atacava Trump com palavras extremamente duras: “Os Trumps deveriam ser MASA (‘Make Americans Slaves Again’ – Faça os Americanos Escravos Novamente).” Para Routh, a “democracia” estava em risco e, de acordo com seus posts, ele parecia acreditar que sua missão era fundamental para preservá-la: “A DEMOCRACIA está na cédula e não podemos perder. Não podemos falhar. O mundo está contando com a gente para mostrar o caminho.”

Essa retórica, aliada a uma tentativa real de assassinato, levanta preocupações sobre o crescente extremismo político e o uso da violência como meio de “proteger ideologias”. O caso de Ryan Routh, assim como o de muitos outros radicais, reflete uma tendência perigosa de justificar atos violentos sob a bandeira da “defesa da democracia”, um fenômeno que tem se tornado alarmantemente comum tanto nos EUA quanto em outras partes do mundo.

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Fonte:
Paulo Figueiredo

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