O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sai de férias nesta quinta-feira (4), sendo substituído pelo diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo. O chefe da autarquia monetária deve retornar ao cargo no dia 19.

Campos Neto está fora do país desde sexta-feira (28) da semana passada para cumprir uma série de agendas na Europa e já havia indicado Galípolo para a presidência interina do BC.

O presidente da autarquia é quem escolhe seus substitutos, mas há uma tradição de geralmente se nomear o ocupante da cadeira de Política Monetária para o cargo.

Contudo, essa é a primeira vez que Galípolo fica como substituto por um período considerável de tempo desde que entrou na diretoria do BC. A única outra ocasião foi no dia 20 de outubro de 2023, quando ele se sentou à cadeira como presidente interino por um dia, enquanto Campos neto cumpria agenda em Miami.

Desde julho do ano passado — quando Galípolo foi confirmado como diretor de Política Monetária —, outros diretores como Carolina de Assis Barros (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta), Otavio Ribeiro Damaso (Regulação) e Diogo Abry Guillen (Política Econômica) assumiram o cargo por períodos mais longos, sendo que Guillen ficou como interino por mais de uma vez.

Sucessão de Campos Neto

O mandato de Roberto Campos Neto à frente da autarquia se encerra no final deste ano. Um dos cotados para tomar a cadeira é o próprio Gabriel Galípolo.

Apesar de sinalizar que não tem pressa para indicar o sucessor do presidente do BC, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu na semana passada que Galípolo tem todas as condições para ser o novo chefe da autarquia.

“Galípolo é um menino de ouro. Se tem um menino de ouro é ele, competentíssimo, de honestidade ímpar. Obviamente, ele tem todas as condições para ser presidente do BC, mas nunca falei com ele sobre isso”, disse Lula em entrevista à Rádio Itatiaia no dia 27 de junho.

“Pretendo indicar um cara ao BC que seja digno. Vou indicar a hora que eu tiver, obviamente que preciso conversar com o presidente do Senado, porque também não quero indicar uma pessoa para ficar sendo alvo de tiroteio a vida inteira. Quem sabe a gente baixa a bola do outro, e ele percebe que já tem sucessor.”

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Fonte : CNN BRASIL

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