Além de atender a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinar a abertura de um inquérito para investigar o deputado federal André Janones, do Avante de Minas Gerais, pela suposta prática de rachadinhas em seu gabinete na Câmara, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux ordenou que a Polícia Federal mantenha outra frente de apuração sobre Janones.
Em despacho nesta segunda-feira (4/12), Fux deu prazo de 60 dias para que a PF siga com outra investigação, que envolve o deputado e a prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes, por “suposta prática de desvio de recursos públicos federais”.
Este caso corre em segredo de Justiça no STF desde maio. Ele foi aberto a partir de uma notícia-crime apresentada primeiramente à PF em Uberlândia (MG), depois remetido pela Justiça Federal de Ituiutaba ao Supremo em razão do foro privilegiado de Janones.
A pedido da PGR, e com autorização de Fux, a PF já havia recebido os autos em agosto, para “providências preliminares, sem prejuízo de outras que a autoridade policial identificasse como necessárias para o deslinde da investigação”.
O prazo de dois meses concedido por Fux se encerrou, e a PGR renovou o pedido, alegando “a necessidade de serem finalizadas as apurações que permitam ao Ministério Público avaliar a verossimilhança dos fatos descritos”.
Nesta segunda, o ministro, novamente, atendeu à solicitação, prorrogando a apuração por pelo menos mais dois meses.
Como revelou a coluna em janeiro de 2022, um ex-assessor de André Janones, Fabrício Ferreira, denunciou à PGR em dezembro de 2021 um “sistema de rachadinha” no mandato do parlamentar mineiro. Segundo o documento, era Leandra Guedes, ex-assessora de Janones e atual prefeita de Ituiutaba, cidade natal do deputado, quem recolhia parte do salário do ex-assessor Alisson Camargos, atual secretário de Meio Ambiente da cidade.
source
Por Metrópoles