A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse, em nota, que o depoimento dela na Polícia Federal marcado para esta segunda-feira (7) não ocorreu porque os advogados não tiveram acesso aos inquéritos policiais. Mais cedo, a corporação adiou o depoimento da parlamentar. Ela e o hacker Walter Delgatti Neto foram alvo de uma operação policial na última quinta-feira (2) para apurar a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a inserção de informações falsas sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).



“Não se trata de uma faculdade, mas, sim, de um direito de a pessoa que está sendo averiguada ou intimada, conhecer todos os fatos e todas as provas — se existirem — juntados ao processo; inobstante, seja essa pessoa deputada federal, exerça ou não cargo público ou qualquer cidadão comum”, disse o advogado Daniel Bialski em nota.


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Segundo o texto, a PF tomou conhecimento pela imprensa de que a parlamentar não falaria nada enquanto não tivesse acesso aos documentos e determinou a remarcação do depoimento. A nova data ainda não foi definida.


Negativas


Walter Delgatti Neto foi preso na mesma operação, no interior de São Paulo. Ele ficou conhecido pelo episódio da “Vaza Jato”, por ter invadido telefones de autoridades envolvidas com a operação Lava Jato e publicado conversas entre integrantes da força-tarefa.


Em depoimento na PF, ele disse que Zambelli o teria contratado para fraudar as urnas eletrônicas e inserir um mandado de prisão contra Moraes no sistema do CNJ. Para isso, ele teria recebido R$ 13 mil, pagos por assessores da deputada.


No mesmo dia da operação da Polícia Federal, Zambelli convocou uma entrevista coletiva na Câmara dos Deputados. Ela negou que tenha contratado o hacker para fazer trabalhos criminosos e afirmou que os pagamentos feitos a ele se referem a serviços para o site dela. Ainda segundo a deputada, os pagamentos referentes ao trabalho somam R$ 3.000, que saíram de contas pessoais.

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R7

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