O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tentou apagar o incêndio de sua fala preconceituosa e separatista em entrevista ao jornal O Estadão, no fim de semana. Usou as redes sociais, ontem (06), para acionar o extintor.

Em um tom “não é bem assim”, adocicado, afirmou que sua defesa pela união dos estados do Sul e Sudeste não significa estimular o enfrentamento com os estados do Norte e Nordeste. Queria fazer um emenda. Mas não conseguiu.

Isso porque deixou claro seu pensamento quando fez a analogia das vaquinhas. Disse que “as vaquinhas que produzem pouco” (Norte-Nordeste) não podem ser mais beneficiadas do que as “vaquinhas que produzem mais” (Sul-Sudeste).

Recentemente, em outro momento, na reunião do Consórcio Sul-Sudeste, já tinha escancarado seu preconceito estrutural. Disse que que só os estados das duas regiões são capazes alavancar o desenvolvimento do país.

Zema, mais uma vez, fez declaração infeliz. Já deu para ver que é pensamento enraizado. Por ele e por milhões de brasileiros ‘sulistas’ que pensam como o governador do Novo.

Na entrevista, mesmo que diga que foi sem intenção, deixou subentendida a ideia de divisão entre os que “são melhores” e “os piores” que querem benefícios do Estado brasileiro. Se não foi de maneira proposital, a ideia estava por trás.

Ele traz uma carga preconceituoso, velada, de superioridade, que está perdendo com a união de políticos do Norte e Nordeste.

Regiões que, agora, estão reclamando com mais força dos anos de abandono.

Zema na entrevista, não leva em conta a história de desenvolvimento desequilibrado das regiões, as diferenças e necessidade de compensações.

Alguns até podem dizer que é ‘mi mi mi”. Mas é importante colocar um freio no que está por trás desse tipo de declaração. Para quem quer ser candidato a presidente do país. Começa mal.

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Fonte: Jornal da Paraíba

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